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A eternização da graça de Deus

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Não é novidade para ninguém que preferimos o agradável ao desagradável, o confortável ao desconfortável. O problema apenas surge quando o desagradável e o desconfortável são uma inevitabilidade que não conseguimos contornar nem eliminar.

O mesmo acontece na vida cristã. É certamente melhor nos demorarmos em contemplação e desfrute daquilo que é bom, que nos faz sentir bem, que dá uma sensação ou certeza de alegria, satisfação, descanso e segurança. Contudo, não devemos esquecer que isso pode não corresponder necessariamente à realidade que nos rodeia, envolve, ultrapassa e transcende.

A graça de Deus é agradável e confortável, dá segurança e certeza para o que está à frente. E por isso, muito do mundo cristão, Adventistas incluídos, se demora na graça de Deus, na sua misericórdia e compaixão para com a raça caída. É isso mau? Não, de forma alguma – apenas convém relembrar que é perigoso quando não o fazemos dentro do âmbito completo desse favor imerecido que Deus nos oferece: como um belíssimo e primaveril dia de sol, a graça de Deus acaba.

Leia com atenção estes textos de Ellen White:

“Quando a obra de investigação se encerrar, examinados e decididos os casos dos que em todos os séculos professaram ser seguidores de Cristo, então, e somente então, se encerrará o tempo da graça, fechando-se a porta da misericórdia.” Cristo em Seu Santuário, p. 101

“Era necessário que os homens fossem advertidos do perigo; que se despertassem a fim de preparar-se para os acontecimentos solenes ligados ao final do tempo da graça.” O Grande Conflito, p. 310

“A grande prova final virá no fim do tempo da graça, quando será tarde demais para se suprirem as necessidades do espírito.” Parábolas de Jesus, p. 412

“Os ímpios passaram os limites de seu tempo de graça; o Espírito de Deus, persistentemente resistido, foi, por fim, retirado.” O Grande Conflito, p. 614

O que erradamente fazemos é, através do nosso comportamento errado e noções deturpadas, querer eternizar a graça de Deus, como se estivesse sempre ali à mercê e disposição aleatória, pronta ou prontíssima para uso de recurso em todo o devaneio em que a mente carnal incorra, tratando-a como um seguro de vida vitalício, eterno, sem fim ou limites, que podemos usar e abusar sem qualquer refreio ou cuidado especial. Isso arrasta, adia sine die o arrependimento e a conversão necessários à salvação.

Ao estilo evangélico, dizemos não acreditar num “salvo uma vez salvo para sempre”, mas acreditamos num “recebendo a graça uma vez recebemos para sempre”, apenas para terminar no mesmo fim. Dito de outra forma, deixamos de pecar para passarmos a viver em pecado, o que é bem pior.

Talvez seja boa ideia perceber até onde o apóstolo nos quis alertar quando repetiu várias vezes: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hebreus 4:7). É que amanhã pode ser tarde demais.

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