Daniel, por revelação divina, deu a interpretação dizendo que a cabeça de ouro representava Babilônia e o peito de prata o reino que veio em seguida, a Medo-Pérsia. Viria depois, um terceiro reino. E é sobre ele que vamos falar neste programa.
De que metal eram o ventre e as coxas da estátua? Daniel 2:32, responde: “e o seu ventre e as suas coxas eram de bronze”. Bem, esta informação o rei já sabia. Faltava saber o que este metal significava. Daniel prontamente conta ao rei o futuro do mundo. “…e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra” (Daniel 2:39). Daniel está falando da Grécia.
“Alexandre, o grande, nasceu em 356 AC, filho de Filipo II. Foi rei da Macedônia desde o falecimento do pai em 336 AC até a morte em 323 AC”. “Alexandre, o grande, foi aluno de Aristóteles, foi o gênio militar que espalhou a cultura grega por todo o mundo conhecido e civilizado de sua época”.
No ano de 336 AC Alexandre herdou o trono da Macedônia, estado semi-grego, que ficava na fronteira ao norte da Grécia. Filipo, pai de Alexandre, já havia unido debaixo do seu poder a grande maioria das cidades-estados da Grécia; isto em 538 AC.
A primeira missão de Alexandre foi estabelecer a ordem em seu próprio reino. O pai havia agregado muitas cidades-estados, mas não conseguira submissão total. Após estabelecer a ordem interna, o jovem Alexandre começou a tarefa de conquistar o mundo. O primeiro a ser alcançado por sua ambição foi o império Persa. “Em 334 AC Alexandre cruzou o Helesponto e entrou no território Persa com apenas 35 mil homens e provisões para somente um mês. Foi uma sucessão de vitórias. A primeira foi em Grânico, a segunda em Isso, e a terceira foi em Tiro. Alexandre conquistou Gaza e depois entrou no Egito, praticamente sem oposição. Ali, no ano 331 AC, fundou a cidade de Alexandria e se declarou a si mesmo sucessor do Faraó”. O curioso é que os soldados gregos se distinguiam por sua armadura de bronze. Os capacetes, escudos, armas, tudo era de bronze.
O grande sonho de Alexandre, porém, era conquistar a Mesopotâmia, com suas cidades cheias de tesouros. Por isso, lutou com o exército de Dario III, derrotando-o em três ocasiões. “Após uma série de batalhas, Alexandre conseguiu o controle de Babilônia, da metrópole de Susã, sede do poder, e de Persépolis, onde havia o tesouro e o mausoléu da primeira dinastia do império Persa”. Dario fugiu para o norte e depois para o leste, mas foi assassinado por um dos seus sátrapas, abrindo caminho para que Alexandre fosse proclamado o sucessor do trono Persa.
Aos poucos, Alexandre foi dominando seus inimigos. “Após dois anos de lutas ele subjugou a Báctria, que hoje é o Afeganistão e o Kasaquistão. No ano 327 AC chegou ao vale do rio Indo, mas considerava que ali era o fim do mundo. Seus soldados se revoltaram e, como castigo, os enviou de volta a Babilônia pelo deserto do Irã”. O mundo estava aos pés do jovem Alexandre, mas o espírito conquistador não o deixava em paz. Almejava mais. “Ele queria saber se o mar Cáspio levava ao oceano, na direção norte, e se a Arábia representava outra Índia”.
“Em meio a tantos planos de conhecer e avançar interminavelmente, cansado de bebedeiras e orgias, tendo contraído uma febre (que pode ter sido malária ou envenenamento) Alexandre morreu com a idade de trinta e três anos, em 323 a.C.. E “a história registra que o domínio de Alexandre se estendeu sobre a Macedônia, Grécia e o império Persa, Egito e Índia”.
Antes de concluir o estudo e os outros detalhes deste grande império precisamos, quase que obrigatoriamente, fazer algumas reflexões.
O primeiro ponto que temos que destacar é cumprimento exato da profecia. Daniel, mais de trezentos anos antes, quando estava cativo em Babilônia, contou ao rei Nabucodonosor o que iria acontecer no futuro. Todos os reinos vistos pelo rei tiveram a sua ascensão e queda como Deus havia previsto no sonho.
O outro ponto que desejo chamar a sua atenção é para a vida de Alexandre. Ele nasceu e viveu para ser um grande conquistador, e de fato o foi. Com a idade de trinta e três anos dominava o mundo. Durante toda a vida dele aprendeu a conquistar os outros povos, porém não desenvolveu a grande arte de conquistar a si mesmo. Não se tem registro de que Alexandre tenha perdido alguma batalha. Mas de uma forma humilhante perdeu a guerra do domínio próprio. Um jovem ainda, com um grande futuro, com uma vida toda pela frente, não se mostrou capaz de dominar os impulsos e desejos. Os historiadores dizem que ele foi vítima de orgias e bebedeiras.
Quantos Alexandres modernos nós encontramos em nosso caminho. Pessoas que nasceram com um futuro promissor, tiveram a melhor educação familiar, estudaram nas melhores escolas, mas com o passar do tempo enveredaram-se pelo caminho do vício e tudo acabou em sofrimento e humilhação. Lá se foram a família, o trabalho, a reputação e a saúde. Colhe-se o que é semeado!
No próximo programa continuaremos a intrigante profecia de Daniel, capítulo dois, falando do reino seguinte, o império romano. Até lá e, não esqueça de continuar colocando o Deus do Céu, que conhece e revela o futuro, como o Único, o Principal em teu coração.