O que teria a Bíblia a nos dizer sobre uma reorganização política mundial e constitucional?
Maiara Costa
Você já ouviu falar da Nova Ordem Mundial? Muito provável que sim! E imagino que a grande maioria que tenha ouvido falar desse assunto, provavelmente tenha sido dentro de alguma palestra feita na igreja, certo?
Por conta disso, somos tentados a pensar que essa temática, seja de cunho exclusivamente religioso.
Porém, se sairmos um pouco do campo religioso para observarmos o mundo em redor, perceberemos que a nova ordem mundial é algo que permeia muitas áreas do saber. O mundo: judicial, comercial, econômico, tecnológico, ativista e filosófico, por exemplo, também estuda e aguarda o surgimento dessa ordem. Para essas áreas todas, a nova ordem representa uma reorganização política internacional, tendo como base uma constituição única e universal. Na visão de sociólogos e estudiosos da futurologia, o mundo pode ser comparado a uma criança correndo desgovernada e sem controle, tornando-se assim necessário, um adulto para tomar conta.
O que teria a Bíblia a nos dizer sobre essa reorganização política mundial e constitucional?
Nova Ordem Mundial e a Bíblia
Ao estudarmos as profecias de Daniel e Apocalipse, juntamente ao sermão profético feito por Cristo nos três evangelhos, percebemos que de fato, o mundo tende a rumar ao colapso. O texto bíblico nos informa que quanto mais o tempo passar, mais o amor se esfriará pelo aumento da iniquidade no coração humano (Mateus 24:12). Haverá cada vez mais conflitos, rumores de guerras, epidemias, fome (Mateus 24:6,7; Lucas 21:11,12), problemas que poderiam ser resolvidos, se não houvesse tanto interesse egoísta envolvido.
Em meio a esse cenário é que a Bíblia descreve em Apocalipse 13, o surgimento no cenário mundial de uma aliança entre dois poderes terrestres. O primeiro é apresentado na figura simbólica de um animal saindo da água, o segundo é descrito como um animal saindo da terra. Dentro do contexto literário do Antigo Testamento, essas duas figuras mitológicas são uma representatividade do mal. João usa esse contexto como pano de fundo para descrever que no tempo do fim, haverá dois poderes humanos, considerados aliados do dragão que é uma representatividade do diabo (Apocalipse 12:7-9), que se unirão, formando assim uma nova ordem mundial.
A união desses poderes é algo tão poderoso e influente que seduzirá todos os habitantes da Terra (Apocalipse 13:14), e mexerá com a economia e a liberdade civil (Apocalipse 13:16,17).
A primeira besta, conforme a sua descrição, representa Roma (Daniel 7:7,17; Apocalipse 17:18), a segunda besta, será um aliado político dela. Quando esses dois poderes se unirem e fundirem num só, estará formado aquilo que a teologia entende como Nova Ordem Mundial. Essa união do poder religioso com o político, estabelecerá um decreto que será de nível mundial e com fortes represália aos seus opositores.
Podemos concluir então que a política será reorganizada mundialmente, passando a existir apenas uma forma de governo? A resposta é um sonoro sim! Embora, o Apocalipse não detalhe como acontecerá e nem quando, ele descreve que acontecerá.
Um fator muito interessante é que desde que a pandemia de coronavírus se intensificou, os apelos para uma constituição mundial, tem se tornado cada vez mais fortes.
O que acontecerá com a humanidade quando a nova ordem mundial se estabelecer?
Será imposto sobre ela uma marca e ela é quem definirá quem está a favor ou contra essa coligação. O cenário de união entre as potências religiosas e políticas do mundo é um dos últimos sinais que vão anteceder a segunda vinda de Cristo e o fim do mundo. Quando Cristo vier, as autoridades políticas e religiosas vão perder seus poderes, e Deus salvará o seu povo e será o único governante do Universo, e “Ele reinará pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 11:15).
Sendo assim, o único governo que reinará proeminentemente na história, formando a verdadeira nova ordem mundial, será o reino de Deus.
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Maiara Costa é teóloga.