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Rebelião humana versus Ira e Perdão divinos

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Deus sempre respeita a liberdade que concedeu ao ser humano de rejeitá-lo… A Ira e o Perdão divinos refletem Sua justiça e amor.

 

Você já leu o capítulo 16 de Números?

Esse capítulo descreve uma rebelião liderada por Corá, bisneto de Levi. Ele se reuniu com com alguns amigos, da tribo de Rúben e se insurgiram contra Moisés e Arão.

Veja como Moisés descreve o fato:

“Com eles estavam duzentos e cinqüenta israelitas, líderes bem conhecidos na comunidade e que haviam sido nomeados membros do concílio. Eles se ajuntaram contra Moisés e Arão, e lhes disseram: ‘Basta! A assembleia toda é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles. Então, por que vocês se colocam acima da assembleia do Senhor?’

Quando ouviu isso, Moisés prostrou-se, rosto em terra. Depois disse a Corá e a todos os seus seguidores: ‘Pela manhã o Senhor mostrará quem lhe pertence e fará aproximar-se dele aquele que é santo, o homem a quem ele escolher. Você, Corá, e todos os seus seguidores deverão fazer o seguinte: peguem incensários e amanhã coloquem neles fogo e incenso perante o Senhor. Quem o Senhor escolher será o homem consagrado. Basta, levitas!’

Moisés disse também a Corá: ‘Agora ouçam-me, levitas! Não lhes é suficiente que o Deus de Israel os tenha separado do restante da comunidade de Israel e os tenha trazido para junto de si a fim de realizarem o trabalho no tabernáculo do Senhor e para estarem preparados para servir a comunidade? Ele trouxe você e todos os seus irmãos levitas para junto dele, e agora vocês querem também o sacerdócio? É contra o Senhor que você e todos os seus seguidores se ajuntaram! Quem é Arão, para que se queixem contra ele?’” (Números 16:2-11).

Entendeu a causa da rebeldia? Insatisfação e rejeição à vontade de Deus. Poderíamos chamar isso de “idolatria à própria vontade”?

“Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria” (1 Samuel 15:23).

Eles eram levitas, mas invejaram o sacerdócio. Quer saber a causa? O capítulo 14 de Números registra a situação:

“Então toda a congregação levantou a voz e gritou; e o povo chorou naquela noite. E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse: ‘Antes tivéssemos morrido na terra do Egito, ou tivéssemos morrido neste deserto! Por que nos traz o Senhor a esta terra para cairmos à espada? Nossas mulheres e nossos pequeninos serão por presa. Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?’
E diziam uns aos outros: ‘Constituamos um por chefe o voltemos para o Egito’” (Números 14:1-4).

Vale lembrar que a vida no Egito era vida de escravidão:

“Os israelitas gemiam e clamavam debaixo da escravidão; e o seu clamor subiu até Deus. Ouviu Deus o lamento deles e lembrou-se da aliança que fizera com Abraão, Isaque e Jacó. Deus olhou para os israelitas e viu qual era a situação deles” (Êxodo 2:23-25).

Se desejar mais detalhes dessa fase de opressão, leia em Êxodo 5.

De volta a Números 14, os versos seguintes, descrevem Josué e Calebe orientando o povo e dizendo-lhes para não serem rebeldes, relembrando a presença de Deus com eles. Sabe como eles responderam? Queriam apedrejá-los:

“… toda a congregação disse que fossem apedrejados. Nisso a glória do Senhor apareceu na tenda da revelação a todos os filhos de Israel. Disse então o Senhor a Moisés: ‘Até quando me desprezará este povo e até quando não crerá em mim, apesar de todos os sinais que tenho feito no meio dele?’” (Números 14:10,11).

Deus conhece o coração humano e as motivações para qualquer atitude. Nessa situação, quem sabe, os olhos do Eterno tenham visto desprezo, incredulidade e ingratidão, em outras palavras, as sementes da rebelião.

Moisés intercede pelo povo que despertava a ira do Senhor e a misericórdia divina os poupa, contudo, Deus sempre respeita a liberdade que concedeu ao ser humano de rejeitá-lo, assim como sempre oferece perdão ao pecador, contudo, nessa situação, decide atender as palavras de murmuração do povo:

“Perdoa, rogo-te, a iniquidade deste povo, segundo a tua grande misericórdia, como o tens perdoado desde o Egito até, aqui.”

Disse-lhe o Senhor: ‘Conforme a tua palavra lhe perdoei; tão certo, porém, como eu vivo, e como a glória do Senhor encherá toda a terra,nenhum de todos os homens que viram a minha glória e os sinais que fiz no Egito e no deserto, e todavia me tentaram estas dez vezes, não obedecendo à minha voz, nenhum deles verá a terra que com juramento prometi o seus pais; nenhum daqueles que me desprezaram a verá’” (Números 14:19-23).

“Depois disse o Senhor a Moisés e Arão:

‘Até quando suportarei esta má congregação, que murmura contra mim? tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, que eles fazem contra mim. Dize-lhes: Pela minha vida, diz o Senhor, certamente conforme o que vos ouvi falar, assim vos hei de fazer: neste deserto cairão os vossos cadáveres; nenhum de todos vós que fostes contados, segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, que contra mim murmurastes, certamente nenhum de vós entrará na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. Mas aos vossos pequeninos, dos quais dissestes que seriam por presa, a estes introduzirei na terra, e eles conhecerão a terra que vós rejeitastes’” (Números 14:26-31).

A decisão de Deus não foi nada agradável e as sementes da insatisfação foram assim germinadas. Eles resolveram culpar Moisés por perderem a oportunidade de entrar na Terra Prometida e isso culminou com a rebelião liderada por Corá, e apoiada por Datã, Abirão e alguns outros.

Como você costuma reagir aos “nãos” de Deus?

Bem, eles reagiram com revolta. Se recusaram a conversar com Moisés sobre o assunto. E como se estivessem cegos para a realidade e para a vontade de Deus, eles aplicaram ao cenário de seu cativeiro a mesma expressão com que o Senhor descrevera a herança prometida:

“Então Moisés mandou chamar Datã e Abirão, filhos de Eliabe. Mas eles disseram: ‘Nós não iremos! Não lhe basta nos ter tirado de uma terra onde manam leite e mel para matar-nos no deserto? E ainda quer se fazer chefe sobre nós? Além disso, você não nos levou a uma terra onde manam leite e mel, nem nos deu uma herança de campos e vinhas. Você pensa que pode cegar os olhos destes homens? Nós não iremos!’” (Números 16:12-14).

“Acusaram Moisés de pretender agir sob guia divina, como meio para estabelecer sua autoridade; e declararam que não mais se sujeitariam a ser levados como homens cegos, ora para Canaã, e ora para o deserto, conforme melhor conviesse a seus ambiciosos intuitos. Assim, aquele que fora como um terno pai, um pastor paciente, foi representado no mais negro caráter de um tirano e usurpador. A exclusão de Canaã, como castigo aos seus próprios pecados, foi a ele atribuída.” 1
O desfecho da história acontece no dia seguinte…

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