Entretanto, a questão mais importante não é se Maria é ou não mencionada na Bíblia, pois é óbvio que as Escrituras contam parte da história da mãe do Salvador. A pergunta correta que deveria constar na charge é: a Bíblia apresenta algum exemplo de Maria sendo venerada? Outras perguntas que também seriam possíveis de constar são estas: “em algum momento Jesus reivindicou que Maria devesse ser venerada? “Maria mesma recebeu inspiração divina para reivindicar isso àqueles que viessem aceitar a Cristo como Salvador?”
Partindo da pergunta correta, o estudante da Bíblia conclui que, apesar de Maria ter sido “bendita entre as mulheres” (Lc 1:42) por ter sido escolhida divinamente para abrigar no útero a Segunda Pessoa da Divindade, ela não é objeto de veneração. Veja que a pergunta correta traz consigo a resposta certa.
Por que não devemos venerar Maria? Eis alguns motivos:
- Ela não possuía dupla natureza (divina e humana). Somente um Ser divino e humano poderia aproximar a divindade da humanidade. Apenas Jesus cumpre tal requisito porque através de Sua divindade Ele aproximou Deus de nós (Jo 1:14; Mt 1:23) e, por causa de sua humanidade, nos uno novamente ao Criador (Ef 2:6).
- Somente um Ser divino, que pudesse ser sacrificado no lugar do pecador, poderia adquirir a prerrogativa divina para interceder pelos pecadores. 1 Timóteo 2:3-6 não deixa qualquer dúvida a respeito disso: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo”. Segundo Paulo, é exatamente a morte substitutiva de Cristo que permite Ele ser o mediador. Nem Maria ou qualquer outro ser humano morreu vicariamente (de maneira substituta) pelos pecadores.
- O livro de Hebreus, ao tratar do sumo sacerdócio de Cristo no Santuário Celestial, em momento algum destaca o papel de Maria na obra sumo-sacerdotal de Jesus (leia, por exemplo, Hb 7:20-28). Pelo contrário: o autor argumenta que Jesus é tão superior ao sacerdócio levítico que apenas Ele já é suficiente para que qualquer pecador possa se achegar a Deus em busca de perdão: “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele [não por Maria] se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder [Jesus, não Maria] por eles” (Hb 7:25).
É improvável que o autor não tivesse dedicado ao menos uma linha ou versículo para tratar de Maria, caso ela tivesse alguma função no Santuário Celestial. Deus não negligenciaria uma informação tão importante sobre a veneração à Maria a ponto de confundir e, consequentemente, prejudicar a vida espiritual de Seus filhos.
Não estou fazendo uso do chamado “argumento do silêncio”, mas apresentando um fato: somente Cristo está envolvido na obra sumo sacerdotal no santuário celestial. Isso deve ser suficiente para não aceitarmos qualquer teologia que coloque a mãe do Salvador numa posição em que ela não se encontra, e que possa de algum modo ofuscar a obra do divino e único mediador: Jesus Cristo (cf. 1Tm 2:5; Jo 14:6).
- Mesmo tendo sido alguém muito especial, pelo fato de também ter sido pecadora (veja-se Lc 1:46, 46, onde ela reconhece isso), Maria jamais poderia interceder por nós. Somente alguém “santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores” (Hb 7:26) poderia exercer tal função.
- A Bíblia também nos mostra que Maria não ascendeu ao céu com Jesus por ocasião da ascensão dEle: “Eles sempre se reuniam todos juntos para orar com as mulheres, a mãe de Jesus e os irmãos dele” (Atos 1:14, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
Perceba que o costume de Maria em reunir-se para orar com os demais seguidores de Cristo se perpetuou depois da ascensão dEle, mencionada em Atos 1:9-11. Portanto, este versículo (Atos 1:14), utilizado pelos católicos (entre outros) na referida ilustração para justificar a veneração a Maria constitui-se um “tiro no próprio pé”.
Não possuímos um versículo sequer para apoiarmos a crença na ascensão de Maria. É bem mais provável que ela tenha morrido para voltar à vida somente por ocasião da ressurreição dos mortos “no último dia” (Jo 6:40). Porém, se em algum momento Deus decidiu levá-la para o céu como o fez com Enoque (Gn 5:24), Moisés (Jd 1:9; Mt 17:1-4), Elias (2Rs 2:9-14), entre outros (Mt 27:52, 53 – compare com Ef 4:8, 9), isso não a tornaria intercessora diante dEle, do mesmo modo que a trasladação de tais homens não os tornaram mediadores dignos de veneração.
Textos bíblicos usados a favor da veneração de Maria
Uma simples leitura dos versículos citados na charge católica revela que eles foram descontextualizados para dizerem aquilo que o catolicismo quer que eles digam.
Todavia, devemos permitir que a Bíblia fale por si mesma, segundo os próprios critérios interpretativos dela, sem a interferência de nossas crenças pessoais e pressupostos religiosos.
Analisarei com você brevemente o que cada um desses textos realmente ensina sobre Maria.
- Lucas 2:41-52 – Obviamente, ao mencionar esse trecho do evangelho de Lucas, os irmãos católicos corretamente alegam que Jesus foi submisso à Maria. Porém, precisamos atentar para o tipo de submissão que Ele tinha para com ela. A leitura atenta revela que não era uma submissão hierárquica, como se ela fosse objeto de veneração, mas, uma submissão de filho para com a mãe, exigida por Deus para todo aquele que tem pai e mãe (ver Êx 20:12 e Ef 6:2, 3).
Além disso, o próprio texto afirma que Jesus não era obediente apenas à Maria, mas, também a seu “pai” humano, José. Se a submissão de Jesus a Maria indicasse que ela possui alguma hierarquia entre as pessoas da divindade, o mesmo significaria em relação a José, pois, Jesus era submisso e obediente também a ele. Com isso, arrumaríamos “argumentos” até mesmo para a veneração do pai humano de Jesus. Veja que tal raciocínio a favor tanto da veneração a Maria quanto da veneração a José não faz nenhum sentido.
O mandamento de Maria
Em João 2:5 encontramos o que podemos chamar de “o mandamento de Maria”. Nesse verso ela recomenda que as pessoas façam tudo o que Ele – Jesus – disser. Não incentivou em momento algum a obedecê-la, nem mesmo sugeriu que ela fosse a “intercessora” da humanidade diante Cristo. Seria muito importante para o crescimento espiritual dos demais irmãos que os teólogos católicos deixassem Maria falar por si, e não dessem uma interpretação que vá além do que o texto está dizendo.
Caso a submissão de Cristo a Maria (analisamos sobre isso anteriormente ao abordarmos Lucas 2:41-52) indicasse que ela é intercessora da humanidade, Jesus não teria, respeitosamente, pedido a Sua mãe para não se intrometer em assuntos que eram apenas da alçada dEle: “Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”. (Jo 2:3-4)
Na cultura daquela época, o termo “mulher” usado por Cristo era uma forma de chamar a mãe de “madame” ou “minha senhora”, ou seja: um termo cheio de cortesia[i]. Desse modo, a alegação de alguns protestantes de que Jesus “desrespeitou” Maria é insustentável.
Também é importante destacar que em Lucas 1 – outro capítulo mal interpretado – Maria foi considerada por Isabel como “bendita entre as mulheres” (Lc 1:42) não por ser mediadora, mas por ter sido escolhida para ser a mãe do Salvador. Não devemos no texto “algo a mais”, que definitivamente não existe.
Dessa maneira, o papel de intercessão atribuído a ela, além de contradizer abertamente a 1 Timóteo 2:5, é algo totalmente contrário ao que ela mesma pensava a respeito de si: “Então, disse Maria: a minha alma engrandecer ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu salvador” (Lc 1:46, 47 – Grifos acrescidos). Ela sabia que era pecadora e sentia necessidade de um Salvador.
Não tenho dúvidas de que após a volta de Cristo, quando os filhos de Deus de todas as épocas estiverem reunidos, Maria ficará chateada por terem lhe dado um papel que ela nunca sonhou para si, e que viesse a contradizer tudo aquilo que ela aprendeu na cultura hebraica sobre a adoração ou veneração ao único Deus de Israel (confira Dt 6:4).
Por isso, querido leitor católico: tenha certeza absoluta de que ao deixar de venerar Maria ou de ter imagens dela em casa ou no escritório, de forma alguma estará desagradando-a! Depois da volta de Cristo a este mundo, você a encontrará pessoalmente e verá a alegria nos olhos dela em saber que um dia aceitou a verdade.
Outros textos usados a favor da veneração de Maria
- João 19:26, 27 – Diferentemente do que alega a referida charge, nesse texto Jesus não entrega Maria para ser “mãe da humanidade”, mas, para ser cuidada pelo “discípulo a quem ele amava”. No próprio verso 27 fica claro esse propósito do Salvador: “… Daquela hora em diante, o discípulo a recebeu em sua família” (Grifo acrescido).
Perceba que o verso sequer insinua que João entendeu que Maria deveria ser recebida como “Mãe da humanidade”. Apenas como membro da família do apóstolo. Isso possivelmente porque Jesus era filho único de Maria e seus irmãos (cf. Lc 8:19-21; Mt 12:46-50; Mc 3:31-35), filhos apenas de José de um primeiro casamento.
- Apocalipse 12:1[ii]. Estudiosos católicos alegam que esse capítulo se refere à ascensão de Maria[iii] e que, portanto, Apocalipse 12 a qualifica como a “Rainha do Céu”. Porém, “essa linha de interpretação falha em não reconhecer a natureza simbólica do livro do Apocalipse”.[iv]
Quando analisamos todo o capítulo, vemos que João não tinha em mente a mãe de Jesus quando mencionou a “mulher vestida de Sol”. Especialmente os versos 5 e 6 são vitais para a correta compreensão do pensamento do apóstolo.
O verso 5 diz: “Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono”. Qualquer leitor pode compreender que não foi Maria a pessoa a ser arrebata, mais sim o “filho”: Jesus Cristo.
Não é correto ler o texto e dar a ele o próprio ponto de vista para defender que Maria é a “Rainha do Céu”. Quem foi arrebatado ao trono e se tornou o “Rei do Céu” foi Jesus, não Sua amável mãe. E não poderia ser diferente porque “… abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12).
Além disso, a Bíblia é clara em afirmar que apenas Jesus se encontra à destra do Pai: “O Filho brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus. Ele sustenta o Universo com a sua palavra poderosa. E, depois de ter purificado os seres humanos dos seus pecados, sentou-se no céu, do lado direito de Deus, o Todo-Poderoso.” (Hb 1:3, Nova Tradução na Linguagem de Hoje – Grifos acrescidos).
Por sua vez, o verso 6 nos impede de aceitar que a nobre mãe de Jesus faça parte dessa profecia do livro do Apocalipse. Leiamos: “a mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias” (Grifo acrescido).
Estudiosos que interpretam as profecias apocalípticas (livros de Daniel e Apocalipse) utilizando o princípio dia-ano (cf. Nm 14:34; Ez 4:5, 6), compreendem que os 1260 dias de Apocalipse 12:6 se referem a 1260 anos de perseguição contra mulher.[v] Em profecia, “mulher” representa o povo de Deus ao longo da história (ver Mq 4:9-5:4; Is 9:6; 7:14; 26:17; 66:7-8).
A “mulher” se refere primeiramente a Israel que deu à luz ao Messias, trazendo-o para todos nós (cf. Rm 9). Refere-se também à Igreja, que prosseguiu na missão de levar o Messias ao mundo. Logo, a “mulher” representa o povo de Deus em suas duas fases: Israel e Igreja (veja os textos de 2Co 11:2 e Ef 5:25-32, onde “mulher” representa a igreja no Novo Testamento)[vi]
Portanto, os 1260 anos de perseguição no período medieval contra a igreja cristã, que foi de 538 a 1798 d.C, é o evento histórico para o qual João apontava em Apocalipse 12. Maria não viveu 1260 anos e, portanto, jamais poderia estar sendo mencionada nessa profecia. Apocalipse 12 é uma profecia escatológica, ou seja: se refere aos últimos acontecimentos e se encontra num período histórico bem posterior à Maria, mãe do Messias.
Apocalipse 12: uma mensagem contra o catolicismo medieval
Longe de favorecer o catolicismo, Apocalipse 12 faz exatamente o contrário: profetisa que o catolicismo medieval perseguiria os cristãos que não se adequassem à tradição eclesiástica. Essa interpretação de que o papado faz parte das profecias apocalípticas foi adotada, por exemplo, por Sir Isaac Newton (1643-1727), cientista e profundo estudante das Escrituras. Veja o que ele escreveu sobre a presença do papado medieval nas profecias de Daniel 7 e 8, quando mencionam o “chifre pequeno” perseguidor:
“[…] o pequeno chifre é um pequeno reino. Era um chifre da quarta besta e arrancou três dos primitivos. Por isso, devemos procurá-los entre as nações do IMPÉRIO LATINO, depois do aparecimento dos dez chifres. Mas era um reino com um rei diferente dos outros, tendo uma vida ou alma que lhe era peculiar, com olhos e boca. Por seus olhos era um Vidente e por sua boca falando insolências e mudando os tempos e as leis, era ao mesmo tempo um profeta e um rei. Tal vidente, profeta e rei é a IGREJA DE ROMA. Um Vidente, é um bispo, no sentido literal do vocábulo; e essa Igreja reivindica o bispado universal”.[vii]
Há outro aspecto que devemos considerar: a mulher de Apocalipse 12 é mencionada novamente em Apocalipse 17 como sendo a “grande prostituta”. Isso jamais poderia se referir à Maria. As mulheres de Apocalipse 12 e 17 representam a mesma igreja em duas fases: de pureza doutrinária (mulher vestida de Sol) e de apostasia (prostituta e embriagada com o sangue dos mártires, mortos na Idade Média – veja-se Apocalipse 12:6).
Se em Apocalipse 12 a “mulher vestida de Sol” representasse Maria, por questões exegéticas (de interpretação), obrigatoriamente ela deveria também ser representada pela “grande prostituta” de Apocalipse 17. Isso seria uma aberração, uma heresia e uma afronta à tão nobre mulher[viii] que foi escolhida por Deus para ser aquela que educaria o Salvador do mundo.
Considerações finais
Veja o perigo de tirar um texto de seu contexto, como o fez o autor da charge católica abordada no presente artigo. Ele cria problemas interpretativos muito sérios, que comprometem a fé até mesmo dos sinceros e devotos irmãos Católicos Apostólicos Romanos.
O “Está Escrito” e o “Assim Diz o Senhor” nunca devem ser colocados em uma posição de inferioridade em relação ao “assim diz a Igreja”. A Bíblia não deve ser interpretada à luz da tradição da Igreja, mas a tradição da igreja deve ser escrava das Escrituras.
A Igreja Católica Apostólica Romana necessita com urgência apoiar a própria teologia na Palavra de Deus, ao invés de se apoiar na Tradição eclesiástica (leia Mt 15:3, 9). Fazer o contrário (interpretar a Bíblia segundo a Tradição) é trazer sobre si e aos membros da referida denominação sérios prejuízos espirituais, dos quais Deus pedirá contas no juízo final para toda a liderança.
Que todos nós, protestantes, católicos, espíritas, budistas ou muçulmanos (etc), sejamos como os crentes de Bereia na maneira de avaliamos os ensinos religiosos que nos sãos transmitidos do púlpito, na missa ou em qualquer outro tipo de reunião religiosa:
“Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo” (At 17:11, Nova Versão Internacional).
REFERÊNCIAS
[i] F. F. Bruce, João: Introdução e Comentário. Série Cultura Bíblica (São Paulo: Vida Nova, 1987), p.70.
[ii] Para uma análise mais ampla de Apocalipse 12, bem como dos detalhes da visão e as conexões que há entre Apocalipse 12 e Gênesis 3:15, mostrando que João explica sua visão tendo como base a primeira luta entre o bem e o mal ocorrida no Éden entre Eva e Satanás, veja-se Rodrigo P. Silva em “Comentário Gramático Histórico do Apocalipse” (Engenheiro Coelho, SP: Faculdade Adventista de Teologia, 2013), p. 146 e 147. Ver também Ranko Stefanovic, Revelation of Jesus Christ: Commentary on the Book of Revelation (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2009), p. 373-406.
[iii] Argumentos católicos a favor da veneração e/ou assunção de Maria podem ser vistos, por exemplo, em: Vicente Wrosz, Respostas da Bíblia às várias distorções de seu verdadeiro sentido original (Porto Alegre, Rs: Padre Reus, 2001), p.p. 40-43; Alberto Luiz Gambarini, Perguntas e Respostas Sobre a Fé (Itapecerica da Serra, SP: Ágape, 1990), p.p. 71-76; Estêvão Tavares Bettencourt, Católicos Perguntam (São Paulo: O Mensageiro de Santo Antônio, 1997), p.p. 125-136; Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino, Por Que Sou Católico? (Lorena, SP: Cléofas, 2015), p.p. 129-136.
[iv] Stefanovic, Commentary on the Book of Revelation, p. 386.
[v] Apocalipse 12:6 é paralelo a Daniel 7:25, que profetisa a perseguição dos filhos de Deus pelo poder representado pelo “chifre pequeno” – o mesmo poder que representa a primeira besta de Apocalipse 13 (a besta que “emerge do mar”, nos versos 1-10). Portanto, os 1260 dias proféticos de Apocalipse 12:6 equivalem ao mesmo período de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” em Daniel 7:25. Ambos os períodos se referem à mesma coisa, ao mesmo evento histórico, e ao mesmo poder perseguidor: o papado medieval.
[vi] Rodrigo P. Silva, “Comentário Gramático Histórico do Apocalipse”. (Engenheiro Coelho, SP: Faculdade Adventista de Teologia, 2013), p. 146. Anotações para acompanhamento de classes.
[vii] Isaac Newton, As Profecias de Daniel e o Apocalipse. Tradução da edição inglesa de 1733 por Julio Abreu Filho (São Paulo: Édipo, 1950), p. p. 80, 81.