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O paradoxo das pandemias

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Ao longo dos séculos, pragas dizimaram populações, mas também aceleraram o crescimento do cristianismo de maneiras surpreendentes. Por que e como isso ocorreu?

Marcos De Benedicto

Uma pandemia tem o poder de mudar a rotina imediata das religiões e alterar tradições centenárias: o cristianismo fechou igrejas e celebrou a Páscoa de 2020 em isolamento; o islamismo teve que proibir peregrinações a lugares sagrados e incentivar um Ramadã privado, sem orações coletivas; líderes do judaísmo promoveram em fevereiro uma sessão de oração massiva no Muro das Lamentações pelo fim da doença. Mesmo as igrejas inovadoras, acostumadas ao uso da tecnologia, tiveram que improvisar.

Sem dúvida, a crise do coronavírus tem sido um teste para as religiões. Por definição, uma pandemia tem o potencial de causar um estrago global e ninguém está imune. Vírus não respeitam fronteiras nem credos. Mas, em longo prazo, qual seria o impacto das pandemias na história dos movimentos religiosos? Especificamente, será que as pragas tiveram influência positiva na trajetória do cristianismo?

PRIMEIROS SÉCULOS

No caso do cristianismo, sua experiência com pandemias e pragas está na pré-história e na pós-história do movimento. Para começar, a religião judaico-cristã teve origem durante as pragas do Egito (Êx 5–12), episódio que ­deixou profundas marcas na metanarrativa bíblica. O festival da Páscoa foi instituído para celebrar não só o fim da escravidão, mas também o livramento da pandemia controlada e direcionada, numa guerra de deuses (Êx 12:12) em que o monoteísmo venceu o politeísmo.

Depois da libertação das pragas, Yahweh Se apresentou como o Médico de Israel e prometeu livrá-lo das doenças que tinha enviado sobre o Egito (Êx 15:26). Foi nessa época também que Ele estabeleceu o princípio do isolamento social para certas doenças (Lv 13).

Então, no início do cristianismo, Jesus foi apresentado como a nova Páscoa, morrendo e ressuscitando para garantir a vida da humanidade. Como que numa moldura, o último livro da Bíblia apresenta uma nova sequência intensificada de pragas finais (Ap 15, 16), prometendo livramento para os fiéis (veja a matéria “Sete taças” na edição de maio).

Depois desse aspecto conceitual, veio a experiência prática. No 2º século, o Império Romano foi atingido pela chamada peste antonina (165-180), que tinha taxa de mortalidade de cerca de 25% entre os doentes e matou mais de 5 milhões de pessoas. Durante um novo surto da doença em 189, segundo o historiador Cássio Dio, morriam 2 mil pessoas por dia na capital do império. Quando a peste atacou Roma em 166, o grande médico Galeno se refugiou em sua casa na Ásia Menor, mas voltou em 168, convocado pelos co-imperadores Marco Aurélio e Lúcio Vero.

Aparentemente, ao abandonar os pacientes, ele estava seguindo a ética médica da época. Em tempos de pestilência, os médicos eram os primeiros a deixar a cidade, caso achassem que não podiam fazer nada para resolver o problema. Embora haja um debate sobre o tipo de pandemia que atingiu aquela população, pode ter sido uma infecção viral violentíssima, causando medo e turbulência no império.

O fato é que a doença ofereceu uma oportunidade para os cristãos praticarem seu discurso a respeito do amor. Convencido de que os deuses estavam enfurecidos porque os cristãos se recusavam a honrá-los, Marco Aurélio moveu uma perseguição aos seguidores de Cristo. Mesmo assim, eles assistiam os doentes. Enquanto os pagãos fugiam, eles ficavam e ajudavam. Isso criou uma boa imagem do cristianismo. Além disso, a nova religião tinha uma excelente teologia para tempos de pandemia, oferecendo esperança de rever os entes queridos no futuro e conferindo sentido para a vida em meio à crise.

No 3º século (249-262 d.C.), uma nova e misteriosa pandemia atingiu fortemente o Império Romano, matando até 5 mil pessoas por dia na capital (Roma). A doença ficou conhecida como “peste de Cipriano” porque o líder religioso de Cartago escreveu um sermão ou panfleto sobre a pandemia, fortaleceu a fé dos cristãos e promoveu uma agenda positiva em meio ao caos. Em “Sobre a Mortalidade” (De mortalitate), Cipriano se dirigiu aos que achavam que a praga estivesse sendo democrática demais, sem fazer diferença entre pagãos e cristãos, explicando que, enquanto os cristãos estiverem no mundo, estarão sujeitos à mortalidade. Num estilo sereno, ele ofereceu o conforto da verdade bíblica para fortalecer a atitude da igreja.

Os historiadores são quase unânimes em afirmar que essa pandemia, que exerceu influência na queda de Roma, ajudou na expansão do cristianismo. Os cristãos estavam presentes na hora da ausência e foram a ajuda visível diante do inimigo invisível. De acordo com Dionísio de Alexandria, ao menor sinal da doença, os pagãos abandonavam os enfermos e fugiam de seus queridos, jogando-os nas ruas. Já os cristãos, seguindo o exemplo de Cristo, mostravam grande amor e cuidado pelos doentes. “Muitos, ao cuidar dos outros e curá-los, transferiam a morte para si mesmos e morriam em seu lugar” (Letters and Treatises [Macmillan, 1918], p. 72). Além de prover água, alimentos e medicamentos para os doentes, os cristãos os limpavam e até providenciavam um sepultamento digno. Para os que haviam perdido os parentes na pandemia, eles ofereciam uma nova família.

“No calor da perseguição e da praga, Cipriano apelou para que seu rebanho mostrasse amor ao inimigo”, sublinhou o historiador Kyle Harper (The Fate of Rome: Climate, Disease, and the End of an Empire [Princeton University Press, 2017], p. 156). Segundo ele, “depois que o fogo da crise se apagou, suas cinzas deixaram um campo fértil para a expansão do cristianismo.” Esse é um exemplo positivo para os cristãos de hoje, que não devem ignorar o sofrimento alheio, mas mostrar solidariedade.

Para o sociólogo Rodney Stark, autor de The Triumph of Christianity (HarperOne, 2011), o serviço ao próximo foi um dos fatores decisivos para a expansão do cristianismo nesse período. “É bem plausível que o cuidado provido pelos cristãos tenha reduzido a mortalidade em dois terços” (p. 117). Além do impacto do testemunho, o cuidado que os cristãos já mostravam no dia a dia uns pelos outros ajudou no índice de sobrevivência deles, colaborando também para o crescimento do cristianismo (p. 118).

Na antiguidade, o cuidado da saúde estava principalmente nas mãos de sacerdotes e pessoas não especializadas. Se os ricos conseguiam acesso aos melhores médicos, os marginalizados tinham que se contentar com a “medicina” popular e a ajuda dos deuses. A partir do 2º século d.C., diz George Rosen no livro A History of Public Health (Johns Hopkins University Press [2015], p. 15, 16), os romanos estabeleceram o serviço médico público, inclusive com médicos municipais e ligados às instituições. Os romanos não deram grande contribuição para a teoria nem para a prática da medicina, mas foram eficientes na organização do serviço médico.

A combinação entre cuidado solidário dos doentes, ensino de um estilo de vida saudável, a crença em uma metanarrativa inteligente e a pregação apocalíptica tem se mostrado o caminho de crescimento da igreja em tempos de pandemia

Nesse contexto de medicina ainda precária, os cristãos foram muito úteis, e sua religião levava vantagem sobre as demais. Além disso, considerando que as doenças infecciosas geralmente têm origem nos animais, mas sua transmissão depende do fator humano, os cristãos talvez tivessem mais conhecimento prático sobre higiene, alimentação e prevenção. As leis bíblicas sobre alimentos “puros”, princípios de saúde e isolamento social, quando seguidos, representavam um grande diferencial.

O cristianismo ajudou até mesmo na reconfiguração das ideias dos romanos, que na era pré-cristã adoravam a deusa da febre (Dea Febris) na tentativa de manter a malária sob controle! Isso não quer dizer que a teologia cristã da época fosse livre de erros e superstições. Seja como for, a confiança em Jesus como Doador da vida era enorme e teve impacto no pensamento popular.

FUGIR OU FICAR?

Em meados do século 14, a chamada peste negra, aparentemente causada por uma pequena bactéria (Yersinia pestis), devastou a Ásia e a Europa. O nome da doença, cujo pico de contágio ocorreu entre 1347 e 1351, se deve ao escurecimento da pele dos mortos por causa de hemorragia subcutânea. As estimativas de morte variam de 25 a 75% da população desses continentes. Entre 75 e 200 milhões de pessoas perderam a vida. Quase 70% dos estudantes da Universidade de Oxford sucumbiram. A população de Paris foi reduzida em 42%. Veneza teve uma taxa de mortalidade de 60%. Em Florença, a mortalidade chegou a 90%. Em média, as cidades levaram dois séculos para recuperar sua população pré-epidemia.

As pragas desse período, assim como em outros casos, tiveram um impacto monumental na economia, nos padrões demográficos, na estrutura das cidades, no cenário internacional, no avanço das civilizações e, naturalmente, na vida das pessoas. Por exemplo, durante a peste que assolou a Inglaterra no século 17, tornou-se comum transferir os doentes para hospitais isolados nos subúrbios (as pesthouses, literalmente “casas da peste”), e muitos serviços públicos entraram em colapso. O comércio virtualmente morreu. E o mundo religioso fazia parte do epicentro conceitual da pandemia.

Entre outras coisas, a peste era atribuída “à ira de Deus, à punição pelos pecados e a uma conjunção de estrelas e planetas”, registra a Encyclopedia of Plague and Pestilence (Facts on File, 2007, p. 32). “Fanáticos religiosos diziam que os pecados humanos haviam suscitado a pestilência terrível. Eles vagavam de um lugar para outro flagelando-se em público. Em certos lugares, a praga era atribuída aos deficientes físicos, nobres e judeus, que eram acusados de envenenar as fontes de água e eram expulsos ou mortos pelo fogo ou tortura. Havia pânico em toda parte, com homens e mulheres sem saber o que fazer para cessar a praga, a não ser fugir dela.”

Para muitos estudiosos, a peste negra marcou o fim da Idade Média e abriu o caminho para a Idade Moderna. Foi uma convulsão política, social e religiosa descomunal. Isso obviamente teve impacto no cristianismo. Muitos sacerdotes morreram. A igreja teve que baixar os critérios para repor os religiosos. O próprio papa temia perder parte de seu poder. Se o fanatismo floresceu, também surgiram novas maneiras de pensar a religião. Como a peste teve muitos outros surtos, inclusive a grande praga de Londres em 1665, ela atravessou o período da Reforma Protestante.

No século 16, vários reformadores sentiram o impacto da pandemia. O teólogo Andreas Karlstadt (1486-1541), o pastor anabatista Conrad Grebel (1498-1526) e o pintor Hans Holbein, o Jovem (1497-1543) morreram em consequência da praga. Em 2 de agosto de 1527, a pandemia chegou a Wittenberg. Johann, Eleitor da Saxônia, ordenou que Lutero fosse para Jena, local para onde a universidade havia se mudado temporariamente. Ele se recusou a sair e ficou para cuidar dos doentes, o que ­custou a vida de sua pequena filha Elizabeth. Sua casa se transformou em um pequeno hospital. Consultado sobre a postura cristã adequada diante da pandemia, ele escreveu o panfleto “Se Alguém Deve Fugir de uma Praga Mortal”. Embora Lutero protegesse a santidade da vida e sugerisse evitar o risco desnecessário, se a pessoa não tivesse uma função pública, a essência de sua resposta foi: devemos morrer em nossos postos.

Um pouco antes, em 1519, quando a pestilência atacou ­Zurique, Ulrico Zuínglio ficou muito doente. Apesar disso, ­procurou cumprir fielmente suas atividades pastorais. Surgiram até rumores de que ele havia morrido, mas sobreviveu e retratou sua experiência numa canção de 1520 sobre o Salmo 69. Ellen White relata o episódio do reformador no livro O Grande Conflito (CPB, nova edição, p. 179, 180) e destaca que essa peste proporcionou um grande impulso à Reforma, pois levou as pessoas a concluir que o perdão que haviam comprado não lhes trazia paz diante da morte. A pioneira adventista escreveu também que, após ter escapado da sepultura, Zuínglio pregou com mais fervor e um poder incomum. O povo, por sua vez, recebeu a mensagem com alegria, pois havia experimentado também o valor do evangelho, ao cuidar dos moribundos.

O próprio Zuínglio, diz a autora, havia alcançado “uma compreensão mais clara” das verdades do evangelho “e experimentado em si mesmo, de forma mais plena, seu poder renovador”. E conclui: “O interesse pela pregação de Zuínglio era tão grande que a catedral não comportava as multidões que vinham para ouvi-lo.”

De modo semelhante, a grande praga de Londres em 1665 transformou a mentalidade da época. “Os textos religiosos e médicos estavam entre os mais procurados nos tempos da praga”, avalia Kathleen Miller em The Literary Culture of Plague in Early Modern England (Palgrave Macmillan, 2016, p. 214), referindo-se aos dois subgêneros literários que dialogavam entre si e passaram por grandes transformações.

NO VELHO E NO NOVO MUNDO

As pandemias, naturalmente, não ficaram restritas ao Velho Mundo. Numa comparação entre o desenvolvimento do cristianismo no Império Romano e no México colonial, Daniel T. Reff defendeu a tese de que o processo de cristianização foi parecido na Europa e na América Latina. Ambos os contextos foram marcados por epidemias e doenças infecciosas que “solaparam a estrutura e o funcionamento das sociedades pagã e indígena, respectivamente” (Plagues, Priests, and Demons [Cambridge University Press, 2005], p. 1-2).

“Tanto os pagãos europeus quanto os índios mexicanos foram atraídos por crenças e rituais cristãos porque eles representavam um meio de compreender e lidar com as doenças epidêmicas e as calamidades. As estratégias organizacionais fundamentadas na caridade e na reciprocidade implementadas pelos primeiros cristãos e mais tarde utilizadas por missionários no México também foram especialmente atraentes num contexto de profunda turbulência sociocultural.”

Ao longo do tempo, no contexto de doenças, muitos milagres foram associados ao cristianismo. Raymond Van Dam sugeriu que a cura miraculosa e as noções medievais de doença e restauração ofereceram um “idioma” para que as pessoas pudessem conceituar Deus e descrever sua própria identidade (Saints and Their Miracles in Late Antique Gaul [Princeton University Press, 1993], p. 84, 91). O cuidado, o sistema de crenças e os rituais do cristianismo eram mais eficazes para lidar com os efeitos devastadores das pandemias.

Avançando no tempo, a década de 1840 foi de grandes redefinições nas áreas científica, filosófica e religiosa. Os conceitos de saúde e doença também estavam sendo revistos. Por exemplo, foi em 1849 que um médico inglês chamado John Snow publicou um panfleto sobre o modo de transmissão do cólera em que defendeu que esse “veneno” era transmitido pela água e reproduzido no corpo. Na época, a teoria dominante dizia que a doença era transmitida pela inalação de ar sujo. Ele se tornou o pai da moderna epidemiologia. Nesse período de medicina amadora, saúde precária e busca de bem-estar, o adventismo surgiu pregando uma revolução nos cuidados da saúde.

No entanto, a igreja não ficou apenas no nível teórico. No início do século 20, a pandemia de influenza de 1918-1919, a chamada “gripe espanhola”, que por sinal surgiu nos Estados Unidos, infectou cerca de 500 milhões de pessoas e matou de 50 a 75 milhões. Dentro de um ano a partir de sua identificação, o vírus ganhou uma dimensão global. Ao contrário da pandemia atual, ela vitimou muita gente jovem, às vezes causando a morte dentro de 24 horas depois da manifestação dos primeiros sintomas. Os novos meios de transporte ajudaram a espalhar a doença, assim como ocorre hoje, de modo mais acelerado, no mundo globalizado.

A Igreja Adventista também foi afetada pela crise e o isolamento, mas procurou responder com ajuda ao próximo, inclusive por meio de sua rede hospitalar. Em 11 de outubro de 1919, os líderes da sede mundial tomaram uma resolução intitulada “Organizando as Igrejas para o Trabalho de Emergência”. O documentou recomendava que as igrejas fossem mobilizadas e preparadas para atender os próprios adventistas e o restante da população. E que todo esse trabalho estivesse sob a orientação dos médicos e enfermeiros adventistas (General Conference Committee Minutes, 11 de outubro de 1919, p. 412). Igreja existe também para ajudar na hora da morte.

VITÓRIA SOBRE A PANDEMIA

As pandemias do passado “são lembretes de que esses surtos periódicos de doenças terríveis são como se a natureza estivesse segurando uma espada sobre a cabeça da humanidade, sugerindo uma metáfora de batalha ou guerra”, comparou Michael C. LeMay (Global Pandemic Threats [ABC-CLIO, 2016], p. 6). Independentemente da metáfora, esses lembretes costumam ficar gravados na memória coletiva por muito tempo; e também na memória de Deus, como mostra o evento do êxodo.

Alguém pode imaginar o Todo-poderoso em Seu palácio celestial, imune ao sofrimento do mundo, talvez até com um sorriso sádico dizendo: “Eu não avisei?” Mas esse não é o quadro pintado na Bíblia. O Deus bíblico sofre com o mundo sofredor. Em Gênesis, Ele sofreu quando a violência dominou a Terra. No fim de Seu ministério, Jesus chorou quando pensou no destino de Jerusalém. Em Romanos 8, o Espírito geme pelas dores da natureza. No Apocalipse, Deus envia aviso após aviso para tentar livrar a humanidade das pragas finais.

Infelizmente, devido à condição danificada do mundo, grandes pandemias têm ocorrido (veja o infográfico) e continuarão ocorrendo. O lado positivo, se é que existe, é a busca maior por Deus nesses momentos. O judaísmo nasceu num contexto de pragas. O cristianismo se expandiu num mundo de pandemias. A Reforma cresceu num ambiente de epidemias. O adventismo se fortaleceu numa época de pandemias. O reino de Deus será estabelecido após a vitória final sobre as pragas.

Ao longo da história, portanto, a combinação entre cuidado solidário dos doentes, ensino de um estilo de vida saudável, a crença numa metanarrativa inteligente e a pregação apocalíptica tem se mostrado o caminho do crescimento da igreja em tempos de pandemia. Afinal, não só de máscaras vivem os homens, mas de todo o conhecimento que procede de Deus.

SAIBA +

MARCOS DE BENEDICTO, pastor e doutor em Ministério, é o editor da Revista Adventista

(Artigo publicado originalmente na edição de junho de 2020)

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