Inicial ENCONTRO COM AS PROFECIAS Cozinhar carne humana

Cozinhar carne humana

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mentações cap.4:10: “As mãos das mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos, que lhe serviram de alimento na destruição da filha do meu povo”.

Jeremias foi um dos profetas que mais tempo gastou trabalhando incansavelmente para evitar o cativeiro de Jerusalém. Muitos dias e noites foram usados conversando, aconselhando, para que o povo entendesse que precisava mudar. O caminho que estavam percorrendo era muito perigoso. O final seria terrível. As conseqüências seriam desastrosas. Apesar de todo o empenho, não quiseram mudar. Assim, mais cedo ou mais tarde colheriam as conseqüências da decisão tomada.

Jerusalém era o palco de momentos espetaculares entre o profeta, lideres e povo. Também alvo dos inimigos impiedosos. Diversas vezes fora atacada pelos povos vizinhos, entre eles os babilônicos. Só o rei Nabucodonosor a atacou três vezes. Nunca, porém, chegaram ao extremo de comerem carne humana para sobreviverem.

Volto a lembrá-lo que a profecia fora feita mais de cinco séculos antes da vinda de Cristo. O tempo passou, os judeus voltaram de Babilônia e Jerusalém continuava a viver a sua rotina. Em muitos momentos enfrentaram um clima de profunda paz, em outros, tempos de agitação e o pavor de uma nova invasão, a agonia de ver o inimigo as portas. Vinha, conseqüentemente, o desespero da fome e do cativeiro, de ter que abandonar os familiares, a casa e a cidade.

Vamos para os anos 69 e 70 depois de Cristo. Nessa época era Roma quem dominava o mundo. O império Romano exerceu seu poder de 168 AC até 476 DC. Durante esse período Jesus nasceu e foi crucificado. Roma tornou-se conhecida pela forma dura e cruel que tratava os povos subjugados. Dirigia o mundo de então com mãos de ferro.

Os judeus, freqüentemente, se rebelavam contra os romanos. Uma delas aconteceu por volta do mês de maio do ano de 66 DC. O general Céstio foi enviado com a missão de manter a paz na região da palestina. Os judeus estavam reunidos para a festa dos tabernáculos. Céstio, comandante romano, cercou a cidade por muito tempo, mas não a atacou.

Já foi mencionei neste programa que as técnicas de guerra do passado diferenciavam muito das atuais. A tática mais usada era o cerco. Ninguém saia e ninguém entrava. Naquela ocasião os lideres judeus estavam prontos para abrirem os portões e se entregarem, porque a fome era muito grande, quando alguém trouxe a notícia que o exército inimigo estava desmontando o acampamento. Parecia ser bom demais para ser verdade. Porém, tudo foi confirmado e o inimigo batera em retirada.

No ano seguinte, em 67 DC, Vespasiano invade a palestina com setenta mil homens. Neste tempo, Nero, que era o Imperador Romano se suicidou e Vespasiano foi obrigado a voltar a Roma, para assumir o trono. Mas, no ano 70 DC, o novo imperador ordenou que seu filho Tito fosse à Palestina para terminar o trabalho inacabado que ele havia começado. No mês de abril do ano 70 DC, logo após a páscoa, Tito cercou Jerusalém. A cidade estava repleta de estrangeiros e visitantes.

O cerco durou aproximadamente cinco meses. A fome era tanta que os homens roíam o couro de seus cinturões e sandálias. Escritores dessa época relatam que os que saíam da cidade à noite em busca de plantas silvestres eram quase sempre torturados e mortos pelos romanos. Os que conseguiam retornar eram roubados pelos que estavam dentro da cidade. Milhares pereceram de fome e de peste. A afeição natural desapareceu das pessoas. Marido roubava de sua esposa e ela, de seu marido. Crianças tiravam da boca dos pais e dos idosos. A fome atingiu seu auge quando se cumpriu a profecia feita 14 séculos antes: os filhos passaram a ser servidos como alimento. As cenas de horror que viviam dentro dos muros de Jerusalém foram indescritíveis.

Segundo o historiador Josefo, durante o período de cerco no ano 70, sob o comando de Tito, foram mortas aproximadamente um milhão e cem mil pessoas. 97 mil foram levadas como prisioneiros de guerra.

Creio que há uma pergunta que você que me ouve deve estar fazendo neste momento: se a cidade seria destruída, porque Tito esperou tanto tempo? Os historiadores dizem que Tito não queria destruir a cidade e todo este período tinha como objetivo levar o povo a se entregar pacificamente. Não haveria necessidade de tanto sofrimento. Os lideres tiveram muito tempo, porém, não souberam usá-lo. Todo aquele sofrimento poderia ter sido evitado, se apenas a liderança fosse humilde e aproveitasse a oportunidade que Deus ainda lhes concedia.

“O mal que abateu ao povo de Jerusalém, foi o resultado da obstinada rejeição do amor e misericórdia divina, os judeus fizeram com que a proteção de Deus fosse deles retirada, e permitiu-se satanás dirigi-los segundo a sua vontade. As horríveis crueldades executadas na destruição de Jerusalém são uma demonstração do poder vingador de Satanás sobre os que se rendem ao seu controle” (EGW, G.C. 34-35 ed.1962).

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