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PRINCÍPIOS DE FÉ Igreja Adventista do Sétimo Dia — Movimento de Reforma — e sua ordem Eclesiástica

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PRINCÍPIOS DE FÉ

Igreja Adventista do Sétimo Dia  — Movimento de Reforma —  e sua Ordem Eclesiástica

Exposição Concisa Publicada Pela Conferência Geral do Movimento de Reforma dos Adventistas do Sétimo Dia 14-20 de Julho de 1925

Prefácio

Pela graça de Deus começou a última grande reforma efetuada pelo Evangelho eterno em todos os países onde penetrou a mensagem da volta de Cristo e da preparação para a mesma, segundo Ap 14:12. A grande apostasia predita entre o povo do advento deu motivo a que publicássemos os princípios de fé da terceira mensagem angélica. Para diferenciar-nos dos muitos ramos de Adventistas, chamamo-nos “Movimento de Reforma”, em conformidade com os Testemunhos. Portanto, nosso nome é: “Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia — Movimento de Reforma”. Oxalá que, pelo exame desta posição decidida, à luz da Lei e do Testemunho, todos os que procuram a plena salvação em Cristo sejam levados a aceitar o conselho de Jesus nestes dias de sacudidura, para que levantem o alvo e proclamem a verdade direta. Orando para que também estes nossos princípios doutrinários e fundamentais sirvam para a honra de Deus e a consumação da obra de Cristo, enviamo-los a todo o mundo. A Conferência Geral.


1. Deus Cremos que existe um só Deus, que por meio de Sua onisciência e onipotência criou o Céu e a Terra (Êx 20:2, 3; Is 45:5, 6, 18). Deus é um Ser espiritual (Jo 4:24), “eterno”, sem princípio e sem fim (Ap 21:6), em toda parte presente (Sl 139:1-12). Ele tem Seu trono no Céu e é invisível aos homens no seu presente estado pecaminoso (1 Tm 6:16; Is 59:2; Jo 1:18; Êx 33:20). Somente pela fé podemos chegar-nos a Deus (Hb 11:6).

2. Jesus Cristo Cremos que Jesus Cristo é o vivo Filho de Deus, sendo, em essência, um com o Pai (Hb 1:1-3, 5). Desde a eternidade todas as coisas no Céu e na Terra foram criadas por meio dEle (Cl 1:15-17). Portanto, só Ele pode ser Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2:5). Em conformidade com o testemunho dos profetas, Ele foi gerado pelo Espírito Santo e nasceu como homem, da virgem Maria, nesta Terra, em Belém (Mt 1:18-23). Só por meio de Sua morte, e pela fé na graça que Ele nos deu, é que podemos ser salvos (Lc 1:77-79; At 4:12; Jo 14:15; 1 Jo 2:3-6).

3. O Espírito Santo Cremos que o Espírito Santo é o Representante de Cristo na Terra (Jo 14:16). Sem Este é impossível conhecer e cumprir a vontade de Deus. Também não é possível uma interpretação correta da Palavra de Deus sem o Espírito Santo (Jo 14:26; 1 Co 2:11). É um poder do Pai e do filho, e opera também por meio dos homens (2 Pe 1:21; 1 Pe 1:11). O Espírito Santo é um com o Pai e o Filho, de maneira que os crentes são batizados, não somente em nome dEles, mas também em nome do Espírito Santo, logo que O conhecem (Mt 28:19; 1 Jo 5:7; 2 Co 13:13).

4. A Escritura Sagrada Cremos que tanto o Novo como o Velho Testamentos da Escritura Sagrada, são a Palavra de Deus e que esta revela a vontade de Deus (Jo 5:39). A Bíblia foi escrita por inspiração do Espírito Santo (2 Tm 3:16; Rm 1:16; Ap 1:2), e forma a nossa norma e regra de vida. Nela está contido também todo o plano da salvação, sem que necessitemos de tradição humana ou de catecismo (Is 34:16; Ap 22:18, 19; Jo 5:39; 10:35; Mt 15:9; Pv 30:6).

5. A Lei de Deus (a Lei Moral dos Dez Mandamentos) Cremos que Cristo não veio para fazer qualquer melhoramento na Lei dada no Sinai e escrita pelo próprio dedo de Deus (Mt 5:17; Sl 119:142). Sendo que os Dez Mandamentos são perfeitos, não há possibilidade de melhoramento (Sl 19:7, 8). Cristo, sendo o mesmo que era no Velho Testamento, não poderia mudar essa Lei (1 Pe 1:10, 11; Cl 1:15, 16).

Todo aquele que declara a Lei de Deus mudada ou anulada, prova, consciente ou inconscientemente, que peca contra Deus (Tg 2:10; 1 Jo 3:10; Mt 7:21). Pelo reconhecimento e observância dos Dez Mandamentos (Sl 119:153, 142; Jo 15:10; 17:17), mostramos que amamos a Deus, o Pai, e ao Seu Filho (Jo 14:15, 21; 1 Jo 2:3-6). Deus não admite transgressão da Sua Lei, mesmo sob coação ou perseguição por parte das autoridades (At 5:29; 4:19; Dn 3; Mt 22:21). Em questões de fé nem homem nem poder algum tem o direito de promulgar leis (Is 42:8; Jo 10:35). Os Dez Mandamentos rezam: 1. Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim. 2. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta gerações daqueles que Me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos. 3. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão. 4. Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado, e o santificou. 5. Honra teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. 6. Não matarás. 7. Não adulterarás. 8. Não furtarás. 9. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 10. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.

6. O 4º Mandamento — O sábado Cremos que também este mandamento, como todos os outros, é imutável (Tg 2:10; Mt 5:17). Somente o sétimo dia da semana é chamado “dia do Senhor”, sendo assim diferenciado de todos os outros dias (Êx 20:8-11; Mc 2:27, 28).

Este mandamento santifica o Sábado e, portanto, proíbe as atividades profissionais e os trabalhos que não contribuam para a santificação do dia. Por exemplo: o preparo de comidas, que devem ser feitas no dia da preparação, isto é, na sexta-feira (Êx 16:23); os trabalhos profissionais ou as conversas a respeito dos mesmos (Is 58:13); e também o trabalho intelectual, secular, e o exercício do magistério secular. Igualmente, não mandamos nossas crianças à escola no Sábado. Funcionários públicos, comerciantes autônomos, como também empregados e empregadas, enfim, toda classe de pessoas, e mesmo o estranho que está em nossa casa, e bem assim os animais domésticos, têm o solene dever de guardar o Sábado (Ap 14:9-11). Também empreendimentos no Sábado, viagens, venda de publicações para fins missionários, etc.; não contribuem para a glorificação do Sábado, pelo que devem ser evitados. Para irmos às Igrejas que requeiram nossa assistência, e para lhes transmitirmos a mensagem que devem ouvir, segundo a vontade de Deus, pode tornar-se necessário viajarmos no Sábado, mas, na medida do possível, devemos comprar nossas passagens e providenciar todas as coisas necessárias para isso, no dia anterior. Quando empreendemos uma viagem mais longa, devemos esforçar-nos para formar nosso plano de tal maneira que não cheguemos ao nosso destino no Sábado. O fim da santificação do Sábado é a celebração de uma “festa de regozijo do Pai com os Seus filhos” (Gn 2:2, 3). É, portanto, nosso privilégio especial seguir o exemplo de Jesus em fazer o bem no Sábado (Mt 12:10-12). A edificação espiritual de jovens e velhos, o louvor em honra a Deus, as visitas aos doentes, a meditação e o descanso restaurador junto à natureza devem ocupar o Sábado. Cremos que a transgressão geral do santo Sábado, hoje, e a guarda do domingo, são o cumprimento da predição do profeta Daniel (Dn 7:25). Segundo essa profecia, o poder anticristão do papismo atreveu-se a mudar a Lei de Deus e os tempos. O segundo e quarto mandamentos foram mudados pela Igreja Católica, sob a afirmação de que ela tem direito para isso. Também as Igrejas protestantes seguem o exemplo de Roma. Enquanto a guarda do Sábado (selo de Deus) é o reconhecimento da autoridade do Criador, a observância do domingo (marca da besta) é o reconhecimento da autoridade do anticristo (Ap 7:1-3; 13:16-18). Cremos que cada qual, especialmente pela transgressão do Sábado, aceita o sinal da besta, e deve sofrer as consequências da desobediência.

7. A Lei Cerimonial, Mosaica Cremos que a Igreja do Novo Testamento está dispensada dessa lei. Portanto, não mais deve ser guardada, sendo que contém preceitos relacionados com o sistema de sacrifícios e cerimônias levíticas no serviço do templo, que ilustram a obra de salvação de Cristo. Essas leis eram uma sombra e símbolo das coisas futuras, e deixaram de vigorar no momento em que Cristo foi pregado na cruz como verdadeiro Cordeiro (Hb 10:1; Cl 2:17).

8. Os Sábados Cerimoniais Cremos que os dias de festas, luas novas e outros sábados, de que escreve Paulo em Cl 2:16; Gl 4:10; Rm 14:5, eram somente uma sombra, pelo que não devem ser confundidos com o Sábado semanal, o sétimo dia, que é santificado como “dia do Senhor”, na Lei moral. Este Sábado, que foi instituído na criação, não tem significação simbólica com relação ao plano de salvação. A lei cerimonial continha os seguintes sete sábados, que eram sombras: 1. O primeiro dia da semana da páscoa (Êx 12: 15, 16; Lv 23:6, 7). 2. O sétimo dia da semana da páscoa (Nm 28:17, 18, 25). 3. O primeiro dia do sétimo mês (Lv 23:24, 25; Nm 29:1-6). 4. O décimo dia do sétimo mês (Lv 23:27, 28, 31, 32; Nm 29:7). 5. O décimo quinto dia do mesmo mês (Nm 29:12). 6. O vigésimo segundo dia do mesmo mês (Lv 23:39). 7. O quinquagésimo dia (Pentecostes), também chamado “festa das semanas” (Lv 23:15, 16, 21; Êx 34:22). Se Jesus tivesse derrogado, por meio da Sua morte, o Sábado semanal do Decálogo, não poderia ter declarado: “Não vim a derrogar, mas a cumprir” (Mt 5:17). Os apóstolos também não poderiam ter escrito, 50 anos depois, o seguinte: At 16:13; Mc 2:27; Mt 24:20; At 13:13, 14, 42-44; 17:2; 18:2-4; Hb 4:9, 10).

9. A Graça e Seus Meios Cremos que a graça significa a cobertura de nossos pecados por meio de Cristo. Ele é o restaurador do reino da graça (Jo 1:17; Hb 4:16). Somente podemos ser beneficiados pela graça salvadora, se evitarmos o pecado pelo poder de Cristo unido à nossa vontade (Jo 14:5; At 2:38). Pela graça somos livres (Jo 8:31, 32). As palavras “a Lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1:17) não significam que a graça e a verdade existem somente desde a morte de Cristo, mas, sim, que foram dadas por Cristo muito antes. Cristo existia antes que Se tornasse carne (Sl 103:17; Êx 34:6, 7; Lm 3:22, 23), ou melhor, antes da fundação do mundo (Cl 1:15-20). O reino da graça foi fundado logo após a queda, sendo então introduzido o perdão por meio de Cristo (Gn 3:15). O reino da graça foi estabelecido em sua plenitude com a morte de Cristo, quando a redenção foi “consumada”. Cremos que Deus proveu diversos meios para atrair a Si os pecadores e dar-lhes a salvação prometida pela graça de Cristo (Ef 2:8). Esses meios são os seguintes: 1. A Palavra de Deus (Rm 10:13-17; Mc 16:15) 2. A Igreja de Deus Todos os que convertem sob a influência do Espírito Santo, podem tornar-se membros da Igreja de Deus pelo batismo (At 2:38-41; Mc 16:16; At 16:15, 33; 10:48). 3. O Lava-pés Todos os membros da Igreja de Deus podem tomar parte no lava-pés, segundo o exemplo de Jesus, que deve educar-nos na humildade de Cristo e na unidade do Espírito (Jo 13:1-14). 4. A Santa Ceia Neste memorial, instituído por Cristo, todos os membros da Igreja podem participar do pão e do vinho (suco de uva) que nos fazem lembrar a morte de Cristo e o Seu amor, que existe entre Ele e Sua Igreja (1 Co 11:17-34).

10. Arrependimento, Obediência e Renascimento Que Vêm da Palavra de Deus A) O arrependimento ou a contrição por causa dos pecados cometidos, e o abandono do pecado, operam-se por meio da Palavra e do Espírito de Deus (Hb 4:12; Rm 1:10-17). A Palavra de Deus é anunciada através da pregação feita pelos instrumentos humanos chamados para este fim (Rm 10:14-17; Lc 16:29-31). A diferença entre estes e os falsos pastores é evidenciada pela prática dos princípios do reino de Cristo (Jo 8:31, 32). Pelo ouvir a Palavra divina o pecador é ressuscitado da morte espiritual (At 2:37). A Palavra o conduz a uma fé verdadeira, com arrependimento das suas más obras, que o entristecem (Ne 9:13; 2 Co 7:10; Jn 3:5-9). Temendo a morte, o pecador procura refúgio (At 2:37), e a Palavra lhe aponta o verdadeiro Salvador (At 4:12; Jo 3:36). Ele fica então sabendo que a sujeição, que vem somente do medo da Palavra de Deus, não traz salvação (Mt 27:2-5; Dn 3:28-30). B) A sujeição (obediência) é um fruto da conversão. O arrependimento é o fruto da fé (Tg 2:16) e a fé o fruto da Palavra de Deus (Rm 10:17). Aquele que não se sujeita completamente à Palavra de Deus, não é perfeitamente convertido, pois prova por meio de suas obras que a ligação com o pecado (Mt 5:19; Tg 2:10) ainda não foi abandonada. C) O renascimento ou a nova criatura (Jo 3:3; 2 Co 5:17), o nascermos de novo, ou do Espírito, significa que nos deixamos guiar pelo mesmo, como uma criança obedece a seu pai que a gerou (Rm 8:9-13). O fermento velho, o afastar-se do espírito da Lei, deve ser removido inteiramente (Gl 5:19-21; Cl 3:5-10). Enquanto o homem não é renascido do Espírito, não pode participar da vida em Cristo (Jo 7:38, 39).

11. Batismo Segundo a Escritura Sagrada, cremos que o crente deve ser batizado enquanto a graça de Cristo estiver na Terra (Mt 28:19, 20; Mc 16:15, 16). Recebem o batismo somente as almas que creem em Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal; que creem na Sua doutrina e na dos apóstolos e profetas do Velho e Novo Testamentos e que se convertem de tudo que a Palavra de Deus condena (Mt 28:19, 20; At 2:37, 38). As crianças, que não podem crer nem saber a diferença entre o justo e o injusto, não podem ser batizadas (At 19:112; 1 Pe 3:21). O ato batismal é executado por um obreiro evangélico credenciado pela consagração, (o qual batiza por meio de imersão na água, uma só vez, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Este ato de batismo representa o sepultamento e a ressurreição de Cristo, e, de igual maneira, o sepultamento do homem velho e a ressurreição para uma vida nova em Cristo (Rm 6:2-5; Cl 2:12). Crentes de outras denominações, que tenham recebido o batismo bíblico e que façam confissão de verdadeira fé em Cristo, afirmando que sempre se mostraram prontos para andar na Lei de Deus, não necessitam de outro batismo. Antes que alguém seja batizado, é necessário que faça confissão com respeito aos princípios de fé (At 8:37, 38; TI 113, “Exame de Candidatos”). A recepção na Igreja deve em todos os casos ser feita cuidadosamente após um exame radical. Na ocasião da recepção por meio de batismo ou votos, cada alma deve ter pedido demissão da Igreja ou denominação à qual pertencera. O batismo tem lugar só uma vez (Ef 4:5), enquanto outros meios da graça, como o lava-pés, a santa ceia e a oração se repetem na vida de fé. O batismo somente será repetido se da primeira vez não foi feito em conformidade com as regras da Bíblia ou se foi ministrado na incredulidade (At 19:2-6).

12. Santa Ceia Cremos que a participação no pão asmo e no vinho não fermentado (suco de uva), como são usados na santa ceia, simboliza a morte de Jesus. Não há perdão de pecados no comer o pão e tomar o vinho. Essa ceia de comunhão, comemorativa dos sofrimentos e da morte de Jesus, deve servir para fortalecimento da Igreja, devendo mantê-la em humildade, amor e união (1 Co 10:16, 17; 11:27-29). Cremos que o pão simboliza o corpo de Cristo, como diz o Senhor. Na santa ceia somente tomam parte os que são batizados (Mt 28:19, 20).

13.O Lava-pés (Jo 13:1-17) Cremos que este rito de Cristo é obrigatório para todos os cristãos (Jo 13:14, 15, 17). Este ato que Jesus introduziu na Sua Igreja, e que ensina a humildade, não é um costume judaico nem oriental, mas sim um novo Mandamento. Podemos ver isso na oposição inicial de Pedro e dos outros discípulos. O lavapés usual tinha lugar fora da porta da casa, e não teria causado admiração entre os discípulos. “O que Eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois”. Estas palavras de Jesus confirmam que o lava-pés representa um rito santo que não pode ser executado em espírito, mas só em realidade. Em Jo 13:17 são chamados bem-aventurados todos os que seguem o exemplo de Jesus no lava-pés.

14.As 2.300 Tardes e Manhãs

Cremos que o grande período profético de Daniel 8:14 terminou no ano de 1844 e que a “purificação do santuário” tem a mesma significação que o começo do juízo de investigação no Céu (Ez 4:6; Nm 14:34; Dn 9:24-27). Segundo Esdras 7:11-26, esse período começou no ano 457 a. C. Alguns anos antes do término desse período, começou um despertamento mundial visando a preparação para a segunda vinda de Cristo. Em Ap 14:6-8 reconheceram os crentes fiéis do advento a mensagem que Deus lhes confiou. Apesar de que a maioria das Igrejas cristãs se opuseram aos sinceros apelos para a preparação, e assim se tornaram Babilônia (confusão), foi, pela segunda mensagem angélica, como advertência, aberto o caminho para a terceira (Ap 14:9-12), e desde então se anunciam as santas exigências de Deus — Seus Mandamentos — a todos os homens, povos, nações e línguas, preparando a Igreja do fim para a volta de Cristo. No fim desse período entrou Cristo como Sumo sacerdote no lugar santíssimo do santuário celestial.

15.A Tríplice Mensagem Angélica Cremos que a mensagem do Ap 14:6-12 constitui a última “verdade presente” do plano da salvação. Iniciada no tempo determinado em 1844 exorta hoje todos os homens a guardar os Mandamentos de Deus, especialmente o Sábado, e os adverte contra a adoração de sistemas religiosos terrestres (besta), que exigem obediência por meio do Estado. O fim desta última mensagem de graça é preparar, de todos os povos, um povo que se encontre com Jesus na Sua segunda vinda e que seja guardado das pragas que cairão, como ira pura de Deus, sobre a cristandade apostatada, ao terminar o tempo da graça (Ap 15:8; 16).

16. O Alto Clamor (Ap 18:1-4) Cremos que o despertamento atual entre o povo do advento apostatado da tríplice mensagem angélica, conduz para o cumprimento das profecias seguintes: “E ao início do tempo de angústia fomos cheios do Espírito Santo ao sairmos para proclamar o Sábado mais amplamente”. PE 33. “O início do tempo de angústia’ ali mencionado, não se refere ao tempo em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no santuário. Nesse tempo, enquanto a obra de salvação está se encerrando, tribulações virão sobre a Terra, e as nações ficarão iradas, embora contidas para não impedir a obra do terceiro anjo. Nesse tempo a chuva serôdia’, ou o refrigério pela presença do Senhor, virá, para dar poder à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos para estarem de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas.” PE 85, 86. “A mensagem da queda de Babilônia, conforme é dada pelo 2º anjo, é repetida com a menção adicional das corrupções que têm estado a entrar nas Igrejas desde 1844. A obra deste anjo vem, no tempo devido, unir-se à última grande obra da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto clamor.” 2T 223; PE 277. O povo do juízo (Laodiceia), descrito pela Fiel Testemunha, em Apocalipse 3:14-22, como o Israel dos últimos dias, é chamado para uma reforma por meio de “severas provas de fé”, como Israel nos dias de Jesus, a fim de que possa anunciar a advertência final na plenitude do Espírito de Deus, para decisão. Sendo que o alto clamor é uma repetição acentuada da tríplice mensagem angélica, a força e o poder da terceira mensagem angélica, deve ter-lhe precedido uma rejeição por enfraquecimento e interpretação errônea da última mensagem. Em quase todos os países em que penetrou a tríplice mensagem angélica, a maioria do povo do advento conformou-se e sujeitou-se de tal maneira ao mundo na prática dos princípios e na pregação (dos mesmos), que em “declarações abertas” às autoridades foram anulados o Sábado e outras exigências de Deus. Todos os Testemunhos do Espírito de Deus declararam que os verdadeiros guardadores do Sábado se separariam, então, daqueles que lançassem por terra a bandeira da última mensagem.

17. O Espírito de Profecia ou o Testemunho de Jesus Cremos que Cristo falou à Sua Igreja por meio dos profetas, tanto no Velho como no Novo Testamento (1 Pe 1:10, 11; Ap 19:10; Cl 1:15-20; 2 Cr 20:20). Todos os que querem guardar os Mandamentos de Deus sem advertências e explicações dos profetas, andarão em trevas e se desviarão do caminho de Deus. Toda Igreja verdadeira deve possuir todos os dons espirituais, entre os quais se acha também o dom de profecia (com visões e sonhos). O dom de profecia é o olho do corpo (da Igreja) (Ef 4:11-14; 1 Co 12:6-11). Logo que uma Igreja perde ou despreza esse dom, ela apostata e anda em trevas (Pv 29:18). Profecia haverá na Igreja até a segunda vinda do Senhor (1 Co 13:8-13; Mt 28:20). Desde o ano de 1844, quando a última Igreja foi despertada para a obediência a Cristo, ela também foi abençoada com a manifestação da vontade divina por meio da irmã Ellen G. White. Conquanto Deus nesse tempo somente tenha podido servir-Se de uma irmã fisicamente fraca dentre Seu povo, verificou-se muitas vezes, no plano da salvação, que mulheres fiéis foram chamadas para esse encargo sagrado (Êx 15:20; Jz 4:4; 2 Re 22:14-16; Lc 2:36; At 21:9). As revelações dos profetas sempre foram, pelo conselho e auxílio de Deus, guardadas cuidadosamente e apresentadas ao Seu povo (Hc 2:2; Jr 30:2). A irmã White escreve a este respeito: “Os livros do Espírito de Profecia e os Testemunhos devem ser introduzidos em todas as famílias guardadoras do Sábado”. 4T 390. Os livros da Igreja devem, igualmente, ser oferecidos a todos, a preço reduzido, e devem também achar-se na bibliotecas. Cremos que estes Testemunhos do Espírito de Profecia não estão acima da Bíblia nem formam um apêndice da mesma, mas são conselhos de Deus que nos encaminham na verdade da Palavra divina. Outros importantes testemunhos nos serão dados por Deus somente quando a luz que já nos foi concedida nos tiver preparado, pela santificação, para novas revelações.

18.Matrimônio Cremos que o matrimônio foi instituído por Deus, sendo abençoado e santificado desde o paraíso até o fim do mundo (Gn 2:24; Hb 13:4; Ef 5:22, 23): a) Para a multiplicação da humanidade e não para a satisfação das paixões (Gn 1:27, 28); b) Para que o homem e a mulher, em união recíproca, se ajudem com amor (Ef 5:22-25); c) Para evitar o adultério e a prostituição (1 Co 7:1-9). É da vontade de Deus que um homem tenha uma só esposa, e uma mulher um só esposo (Mt 19:4-6; 1 Co 6:16). Cremos que os cristãos devem observar o princípio da temperança (pureza moral), para que suas forças físicas e espirituais não sejam sacrificadas no altar das paixões e concupiscências da carne. Os conselhos dados a esse respeito na Palavra de Deus, servem de marcos para a pureza completa. Por causa das grandes tentações de Satanás, a Sagrada Escritura ensina que a pessoa deve casar ou ficar solteira, cada um segundo a sua disposição física (1 Co 7:1, 2, 37, 38). Em todo caso, a recepção de um membro na Igreja depende da sua profissão quanto à “pureza moral em Cristo”. Cremos também que os cristãos devem casar somente com os da mesma fé. A Sagrada Escritura e os Testemunhos consideram o matrimônio com incrédulos como um grande pecado e como separação de Jesus. Neste caso deve-se aplicar o que está escrito em “Disciplina da Igreja” (Testemunhos para a Igreja, págs. 167-170). (1 Co 7:39; Js 23:12, 13; Ne 13:23-28). O divórcio não está em conformidade com a Palavra de Deus (Mt 19:6-8; 1 Co 7:10, 11). Somente em caso de adultério e perseguição da parte de um dos cônjuges contra o (ou a) crente, é permitido separar-se e permanecer sem casar até a morte da outra parte (1 Co 7:12, 13, 15). Em tal caso de separação, sem novas núpcias, evidencia-se se o motivo do desquite foi uma questão de consciência ou se há pecado de adultério expresso no desejo de novo casamento com outra pessoa (Rm 7:1-3). Cremos ainda que o matrimônio deve ser contraído dentro da ordem civil e religiosa, a saber, perante as autoridades civis e perante a Igreja (Rm 13:1). Igualmente, todos os que decidem casar, devem, depois de maduras reflexões perante Deus, procurar o conselho de seus pais ou substitutos e de seus mentores religiosos. Em vista das exigências do quinto mandamento e do exemplo dos pais da fé, essa prática será uma grande bênção para a Igreja do tempo do fim, no que diz respeito à questão matrimonial.

19. A Temperança ou Reforma de Saúde Cremos que é da vontade de Deus que todos os homens gozem saúde espiritual e física (1 Co 6:19, 20). Quem arruinar o seu corpo com intemperança, e quem transgredir as leis da natureza no seu organismo, peca contra a Lei de Deus e tem de sofrer, em consequência, os juízos temporais e os juízos divinos (1 Co 3:16, 17).

A reforma de saúde é, para nós, em primeiro lugar, não só a aceitação e representação de princípios higiênicos, médicos e vegetarianos; a reforma de saúde é o braço direito da terceira mensagem angélica (1ME, pág. 112; CRA, pág. 73; 3T 62). Como João Batista, antes da primeira vinda de Cristo, teve de observar na sua vida a mais rigorosa temperança para poder cumprir a sua missão especial, isso é também necessário, especialmente, para o povo de Deus antes da segunda vinda de Cristo. Temperança significa total abstinência de bebidas e comidas que prejudicam o corpo e o espírito. Por exemplo: a) Carne, pescado, gorduras animais, bebidas alcoólicas, bebidas cocainadas, temperos fortes, queijos estragados e malcheirosos, café, chá preto, artigos de confeitaria difíceis de digerir, fumo, ópio, morfina etc. Segundo os Testemunhos, rejeitamos os medicamentos que contenham venenos, e somos contra toda espécie de vacina. b) À temperança cristã pertence também a reforma do vestuário. Luxo; tolices da moda; enfeites desnecessários que chamem a atenção; nudez ofensiva à moral mediante o uso de vestidos decotados ou fazendas transparentes; calçados insalubres e impróprios; coletes ou cintas que apertem o corpo — tudo isso é impróprio para o cristão. É dever do cristão, ao contrário, usar, em perfeita harmonia com a saúde, roupa distinta e própria, para que possa servir de exemplo.

20.As Autoridades Cremos que toda autoridade é ordenada por Deus e serve como ministro de Deus para proteger todos aqueles que fazem o bem (Rm 13:1-4). Cremos que temos de cumprir os nossos deveres para com as autoridades, não por força, mas por consciência. É um dever pagar impostos e honrar a autoridade do Estado (Rm 13:5-7; Tt 3:1-3; 1 Pe 2:13, 14, 17; Mt 22:21). Cremos também que as autoridades devem conceder a cada súdito liberdade para o exercício da sua fé. Ao forçar a consciência e ordenar contra a vontade de Deus, o Estado perde a autoridade, pois os verdadeiros cristãos se veem então obrigados a declarar: “Importa mais obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5:29-42; Dn 3:8-30). Cremos que é necessário orar em favor das autoridades, para que haja paz e ordem entre os homens, para que cada qual possa viver segundo sua fé e para que o Evangelho de Cristo não seja impedido. Segundo a doutrina de Cristo, não podemos, como Seus seguidores, tomar parte em nenhum plano político, guerra, revolta ou derramamento de sangue.

21. O Assinalamento dos 144.000 segundo Apocalipse 7 Cremos que o assinalamento significa a restauração de caráter de Deus, por meio do Evangelho de Cristo, em base de todas as exigências da Sua santa Lei, num grupo de 144.000 pessoas, no tempo do fim.

O sinal ou selo exterior de todos os verdadeiros combatentes de Deus é o Sábado, pelo qual sempre foi provada a fiel obediência de todos os crentes (Ez 20:20). A obra do assinalamento dos 144.000 começou com a proclamação da terceira mensagem angélica que exige obediência completa aos Mandamentos de Deus, incluindo a guarda do Sábado, antes da volta de Cristo. De todos os povos ajunta-se um povo que adora ao Rei dos Céus mediante fiel obediência e que está livre de todos os laços humanos (Ap 14:6-12). Cremos que o assinalamento durará até o fim do tempo de graça. O número de todos os assinalados, então, será de 144.000. O Israel espiritual (completamente vencedor) é escolhido maravilhosamente de todos os povos, tribos e línguas (Ap 7:2-8; 14:1-5; 15:1-5; GC 637, 645, 648). Todos os vencedores que guardaram o Sábado após o término do período das 2.300 tardes e manhãs no ano de 1844, inclusive aqueles que morreram assinalados durante a proclamação da tríplice mensagem angélica, são contados no grupo dos 144.000. Mediante uma ressurreição especial, no tempo das pragas, antes da vinda de Cristo, os que morreram assinalados se ajuntarão aos assinalados vivos e, depois de realizado o concerto de paz, serão transformados como primícias da salvação com a grande multidão e serão arrebatados por Cristo (Dn 12:2; PP 285-288; GC 635-637; “O Livramento do Povo de Deus”).

22.A Igreja do Senhor Cremos que a Igreja é o conjunto dos crentes em associação, segundo a vontade de Deus. É uma instituição que remonta ao princípio da obra salvadora de Cristo. Jesus mesmo renovou e reconstruiu a “tenda de Davi” por meio da Sua obra e da dos apóstolos (At 15:16; 20:28; 1 Co 16:19). Somente por meio da fé, conversão e batismo podemos tornar-nos membros da Igreja de Cristo ou membros do Seu corpo (1 Co 12:13; Mt 28:19, 20). Unicamente depois de ter cumprido estas condições pode o crente tomar parte no lava-pés e na santa ceia, como também em todos os outros meios da graça dados à Igreja. Cremos que nenhum filho de Deus, iluminado pela fé na Palavra de Deus, pode ficar separado ou independente das bênçãos da Igreja e crescer na graça de Deus. Por meio de instruções, experiências, exortações e consolações em conjunto, na escola de Cristo, isto é, na Igreja, todos devem aprender, preparando-se para a Igreja da eternidade. Como os membros do corpo não podem viver independentes uns dos outros, tão pouco o podem os membros da Igreja (1 Co 12:12-27). A imutável norma da Igreja de Cristo é a Lei de Deus, por meio da qual tem sido possível, em todos os tempos, reconhecer a apostasia na Igreja de Cristo e permanecer com o verdadeiro corpo de Cristo (Ef 2:20-22; Cl 2:1-5; 1 Co 3:911).

23.Os Cargos na Igreja

Cremos que, conforme a Palavra de Deus, a própria Igreja deve eleger seus servidores, ou seja, seus oficiais (At 6:1-6; 20:28; 13:1-5). Os principais oficiais da Igreja são: 1. Ministro consagrado (também chamado apóstolo); 2. Ancião consagrado (também chamado intendente ou pastor); 3. Diácono consagrado (também chamado despenseiro). Depois de examinada sua dignidade e utilidade para seu serviço, estes são consagrados pela Igreja mediante a oração e a imposição das mãos (1 Tm 5:22; Tt 1:5). No tocante à sua posição, eles estão, em primeiro lugar, como todos os membros da Igreja, sujeitos à ordem e aos santos deveres, porém, com a diferença de que todos os membros lhes dispensem a consideração, a honra e o respeito que pertencem aos seus cargos e à sua responsabilidade (1 Tm 5:17, 19). A consagração para estes cargos realiza-se conforme a necessidade. Por meio da consagração não se alcança capacidade ou dignidade, as quais já devem ter sido constatadas pelo serviço anteriormente prestado. Mediante a consagração, somente lhes é concedida a autoridade da Igreja para o exercício de uma responsabilidade mais elevada, sendo implorada a bênção divina sobre o cargo. Somente estes servos consagrados estão autorizados a dirigir a obra evangélica e a cuidar da Igreja (organizar grupos), batizar e repartir a santa ceia.

24.A Recepção na Igreja A recepção na Igreja só pode ter lugar quando as almas que a desejem já tenham alcançado conhecimento e convicção básicos dos princípios de nossa fé, e se a Igreja não tiver nenhuma objeção. A Igreja também pede que seja dado testemunho perante a congregação. Pela conformidade manifestada para com essa profissão e por meio do estender da mão do servo consagrado, é confirmada a recepção na Igreja (At 2:37, 38, 41; 1 Tm 6:12). Todos os membros da Igreja se tratam como irmãos e irmãs em Cristo e saúdam-se, como irmãos entre si e irmãs entre si, com o ósculo santo (2 Co 13:12). O seguro de vida é contrário à doutrina de Cristo; portanto, um seguidor de Cristo não pode participar nele (1 Pe 1:17-19; Is 53:4; Pv 17:16; Cl 3:2-4; 1 Co 6:19, 20; 1TSM 176, 177). A recepção na Igreja exige também a saída de qualquer outra corporação religiosa, de toda sociedade secreta e de todo sindicato (2 Co 6:14-18; Ap 18:4; Tg 5:7-9; 2T 84). 25.

Deveres dos Membros da Igreja

Todos eles baseiam-se no amor mútuo (Jo 13:34, 35). Cada membro da Igreja reconhece que é um privilégio e dever tomar parte no lava-pés e na santa ceia, assistir às reuniões para ouvir a Palavra (Escola Sabatina) e frequentar os cultos no Sábado como também nos outros dias. Somente a doença ou outra causa justa pode desculpar a ausência (Sl 116:18).

26.Disciplina da Igreja Baseia-se na ordem dada por Jesus em Mt 18:15-17. (OE 498-503. “Disciplina da Igreja”). Todo membro da Igreja deve observar esta regra com exatidão, sem acepção de pessoas. Todo membro tem também o dever de aceitar as exortações feitas com amor (Pv 15:31, 32; 10:17). Somente a exclusão da Igreja autoriza os membros e a Igreja a considerarem como dissolvida a irmandade em Cristo.

27.Exclusão Baseia-se igualmente nas ordens de Cristo (1 Co 5:11-13). A Igreja tem perante Deus o dever de excluir aqueles membros cujos proceder é aberta e continuamente contrário aos princípios da nossa fé. Como no caso da recepção, somente a Igreja pode legalmente confirmar uma exclusão de acordo com a Palavra de Deus (1 Tm 1:19, 20; 1 Co 5:1-13; Tt 3:10, 11; 1 Tm 6:3-5).

28.Dízimo Cremos que a entrega do dízimo foi ordenada por Deus no princípio da obra da salvação. Este imposto devido à Igreja acha-se tanto no Velho como no Novo Testamento, e é destinado ao serviço do Evangelho (Gn 14:18-20; Nm 18:2024; 1 Co 9:7-14; 2 Co 11:8). Todo crente tem o privilégio e dever de dar o dízimo de todos os seus bens e de toda renda com que Deus o abençoou (Ne 13:10-12). Cremos que o dízimo não é uma oferta, mas, sim, “a santa propriedade do Senhor”. O Senhor considera o uso particular do dízimo para qualquer bom fim, ou a retenção do mesmo, como uma fraude que resulta em maldição (Ml 3:618). O dízimo é entregue ao tesoureiro eleito pela Igreja, o qual emite um recibo para cada quantia, e é empregado somente para a proclamação do Evangelho pelo ministério, segundo determinem as decisões da Igreja. Ninguém a não ser a Igreja ordenada tem o direito de arrecadar ou gastar, para quaisquer fins, o santo dízimo.

29.Ofertas Voluntárias Cremos que são meios ordenados pelo Senhor, para ajudar dentro e fora da Igreja (Lc 6:30-36; Dt 15:1-15).

a. As ofertas do primeiro dia da semana são destinadas, segundo 1 Co 16:1-3, aos pobres da Igreja. Cada membro põe de lado no primeiro dia da semana, conforme sua prosperidade (Gl 6:9, 10), e entrega esta oferta mensalmente ao tesoureiro. b. A coleta da Escola Sabatina é uma oferta de gratidão pelos preciosos tesouros da verdade, que Deus nos dá na Escola Sabatina. Destina-se especialmente a espalhar os princípios da nossa fé oralmente e por escrito. É arrecadada pelo professor da Escola Sabatina no fim do estudo e entregue ao tesoureiro. c. As ofertas missionárias são contribuições voluntárias, dos membros e dos não-membros, empregadas em prol da nossa missão. d. As coletas gerais são levantadas na saída, ao fim de cada reunião, especialmente após a celebração da santa ceia. Estas são usadas para cobrir despesas de aluguel e calefação da sala de reunião e quaisquer outras necessidades das Igrejas ou dos grupos locais.

30.Juramento Cremos, segundo a Palavra de Deus, que o juramento falso e desnecessário é abominável a Deus (Mt 5:34-37; Tg 5:12). Em geral, a palavra do verdadeiro crente é: Sim, sim; não, não. Deus, todavia, permite o juramento necessário, de acordo com o Evangelho, a saber, quando se invoca a Deus como testemunha de que o que se diz é verdade (Rm 1:9; 2 Co 1:23; Gl 1:20; MDC 60, 61).

31.Pregação do Evangelho Cremos que a ordem do Senhor — “Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias até a consumação do mundo” (Mt 28:19, 20) — vigora especialmente hoje. Sentimo-nos na obrigação de tomar parte na proclamação do Evangelho em todo o mundo verbalmente ou por meio de publicações (Mc 16:15, 16; Ec 11:16; Mt 11:29, 30).

32. Obediência e Submissão dos Membros da Igreja Cremos que todos os membros da Igreja devem submeter-se à ordem da Igreja e seguir as determinações dos dirigentes e oficiais enquanto estes permanecem fiéis aos princípios de fé segundo a Palavra de Deus (Hb 13:7, 17; 1 Ts 5:12, 13).

33.A Segunda Vinda de Cristo

Cremos que está muito próxima (Lc 21:25-27; Mt 24:3-14; 16:27; 25:31). Cristo virá com grande poder e glória (Mt 24:30). Cremos que a segunda vinda de Cristo é pessoal e visível (Mt 24:30; At 1:8-11; Mc 13:26; 14:62). Quando esta ocorrer, os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, e os vivos serão transformados (1 Ts 4:15-17; 1 Co 15:51, 52). 34.O Estado dos Mortos Sabemos, pela Escritura Sagrada, que todos os mortos se acham em estado de inconsciência e inatividade até a hora da segunda vinda de Cristo (Ec 9:5, 6; Sl 146:4). Cremos também que o homem não tem alma imortal (Ec 9:5, 6).

35.A Ressurreição Todos os que estão nas sepulturas sairão mediante uma ressurreição corporal. Os justos serão despertados na primeira ressurreição, que terá lugar na vinda do Senhor, mas os ímpios se levantarão depois de mil anos; esta é chamada a segunda ressurreição (Jo 5:28, 29; At 24:15; 1 Ts 4:15; Hb 11:13; Ap 20:4-6).

36. O Milênio Mencionado no Apocalipse Cremos que, em seguida à segunda vinda do Senhor em glória, com Seus santos anjos, os justos, que tomam parte na primeira ressurreição, serão arrebatados com o Senhor ao Céu (1 Ts 4:17). Os ímpios, porém, serão destruídos pelo Seu aparecimento (2 Ts 1:6-8; 2 Pe 3:10; Ap 6:15, 16; 19:1721; Is 24:3-20). Os justos, depois de arrebatados e levados sobre as nuvens do céu para a Cidade Santa, estarão sentados com Jesus sobre cadeiras de juízes e julgarão os ímpios por mil anos (1 Co 6:3; Ap 20:4). Nesse tempo a Terra será deserta e não se achará nela nenhum ser humano. Terminado o juízo no Céu, Jesus descerá com os Seus santos sobre o Monte das Oliveiras, e depois baixará a Santa Cidade, a “Nova Jerusalém”. Na segunda ressurreição, um fogo consumidor purificará toda a Terra, e Satanás e todos os ímpios serão destruídos para sempre (Ap 20:11-13). Estará então completado o estabelecimento do bem-aventurado e eterno reino de paz, de Cristo (Zc 14:3-5; Ml 4:1-3; Ap 20:13-15; 21:8).

37.O Novo Céu e a Nova Terra Cremos que a velha Terra será purificada com fogo, e que haverá uma Nova Terra e um Novo Céu. A nova Terra com a Nova Jerusalém (Ap 21:1-4), chamada a Cidade Santa, será a herança eterna dos santos, o lugar onde os salvos habitarão felizes para sempre (2 Pe 3:13; Is 65:17, 18; 35:1-10; Sl 37:11, 29).

II ORDEM ECLESIÁSTICA (1 Co 14:33)

1.Igreja Uma Igreja é formada por diversos crentes na tríplice mensagem angélica, e é dirigida por um ancião ou superintendente consagrado, um diácono, um tesoureiro e um secretário. Esses oficiais formam, com outros membros da Igreja, conforme necessário, uma comissão de 3 ou 5 ou 7 membros, a qual carrega a responsabilidade pelo progresso da Igreja, dentro dos moldes dos princípios de fé da denominação. 2.Grupo Um grupo é uma Igreja, como já foi explicado, mas sem ancião, sendo superintendida somente por um dirigente.

3. Direitos e Deveres dos Oficiais da Igreja a. O ancião consagrado tem, na sua Igreja, o direito de batizar e celebrar a santa ceia, de comum acordo com o presidente legal da Associação. Além disso, ele preside às reuniões da Igreja e, conforme a necessidade, convoca a comissão. Os cuidados espirituais da Igreja estão a seu cargo. b. O primeiro diácono trabalha em mui estreita ligação com o ancião da Igreja. A ele e aos demais diáconos compete cuidar dos pobres, doentes, fracos e faltosos. Ele tem de cuidar, igualmente, da ordem e limpeza do local de reunião, bem como dos preparativos para o lava-pés, santa ceia e batismo. A administração da caixa dos pobres e da caixa para as despesas da Igreja também está a seu cargo. c. O tesoureiro recebe o dízimo, a oferta do primeiro dia da semana, a coleta da Escola Sabatina, as ofertas para as reuniões e outras ofertas para a Igreja, e envia o dinheiro cada semana, ou, o mais tardar, cada mês, ao tesoureiro competente, da Associação. Trimestralmente o tesoureiro presta contas à Igreja. d. O secretário faz os registros no livro da Igreja. Este contém um apontamento exato, com indicação dos nomes, data de nascimento e data de recepção, de todos os membros da Igreja. Indica-se também de que Igreja os membros vieram e se foram recebidos por batismo ou voto. Saindo um membro de mudança, o secretário lhe providencia a carta (de transferência) da Igreja, segundo a decisão da comissão. Da mesma forma ele pede essa carta dos irmãos que venham de mudança, se a mesma (carta) não lhe tiver sido enviada. De maneira nenhuma deve essa carta ser entregue ao próprio membro que se muda. No fim de cada trimestre o secretário relata os acontecimentos especiais e faz uma ata da reunião trimestral. Cinco dias depois do fim do trimestre ele manda o relatório da Igreja, examinado pela comissão, ao presidente da Associação. O relatório deve conter os seguintes dados: d. 1. Número de membros acusados no último relatório.

d. 2. Número e nomes das almas recebidas por meio de batismo, votos e cartas (de transferência); também número e nomes dos que foram deduzidos por exclusão, morte ou cartas (de transferência). e. A comissão da Igreja pode compor-se de três, cinco ou sete membros. À comissão devem sempre pertencer os oficiais da Igreja. Às reuniões da comissão o ministro consagrado sempre tem acesso. Obreiros bíblicos que estejam presentes, devem ser convidados. A comissão deve reunir-se mensalmente para: 1. Falar sobre o bem-estar espiritual da Igreja; 2. Tomar conselhos sobre a aplicação dos fundos e das ofertas para os pobres, para a santa ceia, para o aluguel, bem como sobre a obra missionária e seus fundos; 3. Fazer propostas para recepção ou exclusão; 4. Resolver desavenças entre irmãos ou exortar membros.

4. Direitos da Igreja a. Eleição dos oficiais da Igreja A Igreja elege, na presença do respectivo presidente ou de seu representante, no fim do ano, os seus oficiais. Para as propostas referentes à nova eleição escolhe-se uma comissão de nomeação, e esta se reúne em conselho com o presidente da Associação. b. Recepção de novos membros Ocorre somente depois de examinados pela Igreja e recomendados por ela. Antes da recepção, anunciam-se perante a Igreja os nomes dos que desejam ser recebidos por votos ou pelo batismo. c. Concessão e aceitação de cartas (de transferência) da Igreja Para todo membro que se mude, a comissão da Igreja faz um atestado e o envia à Igreja para onde ele se transfere. A comissão da Igreja também examina as cartas de transferência recebidas a respeito de membros que venham de mudança e as apresenta à Igreja numa reunião de negócios ou depois do culto, para que a Igreja possa confirmar a recepção (desses membros). d. Exclusão de membros Só pode ser feita pela Igreja de acordo com o presidente legal da Associação ou com o ministro consagrado da Igreja, e nunca pela comissão ou pelo ministro somente. É necessário que, antes da exclusão de um membro, seja observada a regra bíblica de Mt 18:15-17. Quando o trabalho pessoal e a exortação dos oficiais da Igreja não têm efeito, então o caso deve ser examinado pela comissão. É do interesse do próprio membro atender ao convite da comissão, pois, se ele não dá ouvidos a esta, o caso, com os motivos claramente fundamentados, deve ser apresentado à Igreja para decisão final.

Em todos os casos, deve o membro em questão ser convidado com bastante antecedência, verbalmente ou por escrito, quer pelo ancião quer pelo secretário, a comparecer perante a Igreja. Nos casos complicados recomendase convidar o presidente do Campo ou a pessoa por ele autorizada. 5.Reuniões da Igreja Estas dividem-se em reuniões de culto e de negócios. Estas últimas são as reuniões ordinárias, realizadas no fim do trimestre, e as reuniões extraordinárias. A data da reunião trimestral e da reunião extraordinária deve ser anunciada com tempo a toda a Igreja. Propostas e pedidos, da parte dos irmãos, devem ser feitos se possível por escrito e entregues em tempo ao ancião ou a outro membro da comissão, para que a comissão possa falar a respeito, com antecedência.

6.Batismo Batizam-se os candidatos depois de terem sido instruídos em todos os pontos da verdade presente, depois de os obreiros, juntamente com a comissão, terem tomado conhecimento deles, e depois de terem sido examinados perante a Igreja. A Igreja providencia, conforme a possibilidade, roupões escuros, apropriados para o batismo. O solene ato batismal deve realizar-se em água corrente, quanto possível.

7.Lava-pés O lava-pés precede à santa ceia. A Igreja providencia a quantidade necessária de bacias e toalhas. Depois de cada uso individual a água é trocada. Os irmãos lavam os pés uns aos outros em separado das irmãs. É evidente que, segundo o relato bíblico, o lava-pés não deve ser considerado como um ato de purificação, mas, sim, como um procedimento santo.

8.Santa Ceia do Senhor Celebra-se somente com os membros da nossa Igreja. O pão usado neste ato deve ser sem fermento e o vinho sem álcool. O pão e o vinho devem ser repartidos de forma que nada venha a sobrar. Quanto aos vasos, recomenda se providenciar um jarro e cálices ou copos; também é desejável uma toalha de mesa, limpa e branca, e alguns guardanapos. Na ocasião da santa ceia devem ser anotados os membros que tomam parte. A data para a santa ceia deve ser anunciada com antecedência à Igreja, e aos irmãos que moram longe deve ser enviado aviso por escrito. Membros impedidos (de participar) não devem deixar de comunicar ao ancião a causa de sua ausência.

9.O Dízimo Deve ser entregue ao tesoureiro da Igreja, regularmente, se possível mensalmente. Os membros têm permissão para cada qual verificar somente sua própria parte no registro dos dízimos; em nenhum caso, porém, as cifras referentes aos seus irmãos. Também não é permitido dar informação verbal a respeito do dízimo dos outros. Somente o ancião (dirigente) e o presidente, ou quem for autorizado por ele, tem o direito de obter informação e fazer exames. Trimestralmente deve-se emitir e entregar aos membros uma folha de verificação dos seus pagamentos. Dízimos e ofertas de qualquer espécie, uma vez pagos, não podem ser reclamados em devolução.

10.As Ofertas São todas as ofertas da Escola Sabatina, do primeiro dia da semana, da Semana de Oração, como também todas as ofertas especiais para as missões. Incluem-se igualmente as ofertas para as sociedades missionárias.

11.A Escola Sabatina É constituída por todos os membros e visitantes assíduos, e seu fim é levar as mentes a aprofundarem-se na verdade presente e promover o crescimento espiritual. Os oficiais são: um dirigente, um vice dirigente, um secretário e, se for necessário, um tesoureiro especial. A Escola Sabatina divide-se em classes de 6 a 8 alunos. As instruções são ministradas com o auxílio de lições previamente impressas. Para a recapitulação da lição anterior empregam-se 20 minutos, e, para o estudo da nova lição, em classes, 20-30 minutos. Ao todo, a Escola Sabatina não deve durar mais de uma hora. Todas as vezes o secretário prepara um breve relatório do procedimento da reunião, mencionando o número de membros que participaram e o total da coleta da Escola Sabatina, e, no Sábado seguinte, ele o lê após a abertura da escola. Os professores são geralmente eleitos cada semestre, de preferência pela comissão da Igreja, com a presença do dirigente da Escola Sabatina, ou por uma comissão de nomeação eleita pela Igreja.

12.A Sociedade Missionária Tem por fim induzir todos os irmãos a participar da nossa literatura e introduzilos no trabalho com as almas. O lucro proveniente das publicações distribuídas, depois do acerto de contas, fica ao dispor da Igreja, para ser devidamente utilizado. Os oficiais são: um presidente, um administrador (tesoureiro) e, se necessário, um secretário. A sociedade é dirigida pelo presidente. As reuniões de obra missionária podem realizar-se semanal ou quinzenalmente. A entrega de publicações e a administração financeira estão a cargo do tesoureiro, que também administra a conta com a Editora. Nas reuniões trimestrais, ele presta conta à comissão e à Igreja. Seu relatório inclui o trabalho missionário realizado e informações sobre as finanças, a saber: a. todo dinheiro recebido pela Sociedade Missionária (vendas e ofertas); b. todas as despesas feitas, especialmente os totais enviados à Editora ou ao respectivo Depósito; c. o débito ou o crédito da sociedade; d. o dinheiro em caixa na data; e. o valor dos tratados, livros, Bíblias, revistas e outras publicações em estoque na ocasião; f. o valor dos débitos dos irmãos. Todas as ofertas para a Sociedade Missionária devem ser enviadas como “ofertas missionárias”, juntamente com as demais entradas, pelo tesoureiro da Igreja ao tesoureiro da Associação. O lucro da venda de publicações fica para a Igreja. O final acerto de contas com a Editora ocorre depois de um exame feito pela comissão.

13.A Liga Juvenil A Liga Juvenil tem por fim unir a nossa juventude, sob o cuidado de irmãos mais velhos, para a oração, o estudo da Bíblia, a obra missionária e a obra educacional. Este departamento reúne-se uma vez por semana, se possível. A Liga Juvenil, que é uma instituição existente dentro da Igreja, trabalha com ela e para ela. Os membros relatam seu trabalho ao secretário deste departamento. Este apresenta à Igreja, no fim de cada trimestre, um relatório geral do trabalho missionário, realizado pelo departamento dos jovens. Este relatório é incluído, pelo secretário da sociedade missionária, no relatório da obra missionária da Igreja. Se possível, a Liga Juvenil, em cada reunião, deve dispor de uma estante com literatura para o uso dos jovens.

14. A Escola Primária e a Escola Sabatina dos Menores Têm por fim deitar nos corações dos filhos dos nossos irmãos um fundamento na verdade presente e encaminhar sua vida juvenil para a nossa grande obra missionária. Pelo menos uma vez por semana, se possível, devem os filhos dos membros da Igreja, até a idade de 14 anos, receber instruções bíblicas na escola primária. Os oficiais são: diretor da escola primária, vice-diretor e secretário. As ofertas das crianças em reunião na escola primária, contam-se como coleta da Escola Sabatina e entregam-se à Igreja. O resultado da obra missionária das crianças entra na caixa missionária da escola primária. As publicações necessárias são obtidas da Sociedade Missionária ao preço de custo.

15.Eleição de Oficiais Os oficiais para a Escola Sabatina, Sociedade Missionária, Liga Juvenil e Escola Primária, são eleitos anualmente, junto com os outros oficiais da Igreja.

16.A Biblioteca da Igreja

Pouco a pouco cada Igreja deve formar uma biblioteca, para que todos os irmãos possam ler nossos livros. Para conservação e aumento da biblioteca recomenda-se adotar uma taxa de empréstimo. Todos os livros gastos e documentos comerciais importantes devem ser entregues ao presidente do Campo.

17.A Propriedade da Igreja Uma instalação, colocada à disposição de uma Igreja local pela Associação ou União, permanece em todos os casos como propriedade da Associação ou União; contudo, mediante pagamento do respectivo valor, a mesma está livre para tornar-se propriedade da Igreja. Indivíduos não têm direito algum sobre propriedades da Igreja, nem mesmo em se tratando de objetos que eles mesmos tenham doado. No caso de se dissolver uma Igreja, todos os bens móveis passam para a Associação ou para a União à qual ela pertence. Os bens móveis compreendem os objetos pertencentes à Igreja, como cadeiras, mesas, lâmpadas, cortinas, etc. Esses bens, com os respectivos valores, devem ser registrados num livro próprio. De igual modo, trabalhos religiosos, artigos, livros, uma vez entregues à Igreja, não mais podem ser reclamados em devolução pelo autor, como sua propriedade.

18.O Recinto da Igreja Deve ser mantido limpo pelos diáconos e diaconisas, a quem competem igualmente as necessárias medidas para que todos os cultos sejam realizados sem ruído. No inverno, devem providenciar, com antecedência, a calefação; também devem cuidar da iluminação. Meia hora antes da abertura do culto ou de outras reuniões, deve o diácono ou seu assistente estar presente no local para receber os irmãos e interessados. Aos visitantes devem ser oferecidos hinários, em caráter de empréstimo, para o canto. Deve-se cuidar especialmente de que cada reunião seja iniciada com pontualidade. Para todos os cultos e reuniões servem de regra as instruções contidas em “Comportamento na Casa de Deus” em 2TSM, 193-203.

19. A Igreja dos Membros Isolados É formada pelos irmãos que vivem esparramados, e longe demais das Igrejas, de modo que não podem, em pessoa, participar na vida das Igrejas. Seus oficiais são: o presidente, o secretário e o tesoureiro da respectiva Associação.

20. Preparo de Colportores e Obreiros A Igreja tem diante de Deus o dever de preparar colportores para a distribuição de publicações, e, bem assim, obreiros para a obra de salvação de almas, de acordo com as instruções dadas através da irmã White em “O Colportor Evangelista” em 2TSM, 532-556. III ORGANIZAÇÃO DA IGREJA EM GERAL Base da Organização: “E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo: maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez.” Êx 18:25. “Cada membro da Igreja tem participação na escolha dos oficiais da Igreja. Esta escolhe os oficiais das Conferências estaduais. (Conhecidas hoje por associação). Os delegados escolhidos pelas Associações estaduais escolhem os oficiais das Uniões; e os delegados escolhidos por estas escolhem os oficiais da Associação Geral. Por meio desse sistema, cada associação, instituição, Igreja e pessoa, quer diretamente quer por meio de representantes, participa da eleição dos homens que assumem as responsabilidades principais na Associação Geral.” 3TSM 240, 241.

A — A Igreja Igreja é o conjunto organizado de membros que representa uma identidade espiritual e administrativa. Seu dever é, em conjunto com os ministros e oficiais, ampliar a obra do evangelho no seu território, mediante contínua atividade e trabalhos ordenados e bem planejados. A Igreja está dirigida por uma Comissão local formada geralmente pelo ancião consagrado, o dirigente, o secretário, o tesoureiro, o diácono e os dirigentes dos departamentos. A Igreja é uma entidade subordinada à Associação. E esta é quem designa um ministro distrital para dirigir as principais reuniões da Comissão e da Igreja. Só ela pode admitir e excluir membros em conformidade com os Princípios de Fé. Grupo é uma Igreja em formação.

B — A Associação A Associação é formada, numa conferência, pela associação de diversas Igrejas e grupos firmemente estabelecidos. Essas Igrejas e grupos devem, na sua totalidade, representar uma entidade espiritual e administrativa; além disso, devem estar em condições de ampliar juntamente com os ministros e oficiais, a obra do evangelho no seu território. O fim desta associação é promover os interesses da comunidade por meio de conselhos em conjunto e de trabalhos ordenados e bem planejados. A Associação ordena seu trabalho, presta contas e elege seus oficiais, da mesma maneira como uma Igreja. Para a conferência anual, cada Igreja e grupo, que faz parte da Associação, envia um delegado para os primeiros dez membros, e mais um delegado para cada dez membros restantes. Somente delegados eleitos segundo a ordem, e recomendados e reconhecidos pela Associação, têm direito a voto na conferência. Os oficiais da Associação são: 1. presidente 2. secretário 3. tesoureiro (em todos os Estados onde o valor da moeda é uniforme, todas as Associações têm um tesoureiro geral na União) 4. comissão. O presidente, juntamente com a comissão, carrega a responsabilidade por um ano (de uma conferência à outra) da mesma maneira como o dirigente da Igreja local. A ordem da conferência da Associação é a seguinte: O presidente depõe, sobre os ombros dos delegados, sua responsabilidade, a dos obreiros e a dos outros oficiais, tanto pelos trabalhos espirituais como pelos atos de administração econômica, e, bem assim, por todos os empreendimentos realizados durante o ano. Desta maneira ele devolve seu cargo e os dos seus coobreiros às mãos dos delegados e do presidente da União, que superintendem a Associação, para exame e eventual confirmação. Para este exame e novas eleições escolhem-se dentre os delegados: 1. Uma comissão de nomeação e credenciais, a quem compete: examinar todos os trabalhos espirituais e propostas relativas aos mesmos; fazer moções para confirmação ou nova eleição e fazer recomendações para a consagração, em se tratando 1.a. dos oficiais; de todos os obreiros da Associação; 1.b. de todos os colportores; e, 1.c. recomendar a eleição dos delegados para a próxima conferência da União. 2. Uma comissão de propostas, à qual compete discutir as propostas entregues pelos delegados, oficiais e obreiros, e formular resoluções e propô-las aos delegados para aceitação. 3. Uma comissão de contas, que tem a missão de examinar os livros e toda a administração econômica. Todos os dízimos, coletas da Escola Sabatina, e todas as outras ofertas da Associação, são enviados à União. Os obreiros da Associação, no seu trabalho, estão subordinados ao presidente da Associação. Admissões, demissões e mudanças de obreiros efetuam-se somente de acordo com a União. Colportores aptos podem a qualquer momento ser convocados pelo presidente da Associação para colaborarem (na obra bíblica), sendo assalariados por dia; não obstante, continuam como colportores. O presidente da Associação é em todos os casos um ministro consagrado; além disso, cada Associação tem ministros itinerantes e obreiros bíblicos. Em cada reunião de negócios da conferência e em todas as sessões de comissão devem ser lavradas atas em livros, e todas as decisões registradas devem ser assinadas pelo presidente e pelo secretário.

C — O Campo Missionário O Campo Missionário é formado pela associação das Igrejas e grupos de um território missionário, que, por causa da língua ou da moeda corrente, possam mais proveitosamente cooperar uns com os outros e aconselhar-se juntos para o progresso da mensagem. O Campo Missionário é organizado da mesma maneira como a Associação, porém a direção do mesmo está nas mãos do presidente da União ou de um ministro por ele encarregado. Sendo possível, há uma prestação de contas anual em cada Campo Missionário. Não sendo possível, prestam-se contas e apresentam-se relatórios dos trabalhos em conexão com a conferência da União, na qual as Igrejas e grupos do Campo Missionário se fazem representar nas mesmas condições que as Igrejas locais na conferência da Associação.

D — A União A União é formada pela reunião das Associações e Campos Missionários. A finalidade desta reunião é a mesma das Igrejas ou das Associações. Todas as Associações e Campos Missionários sob a dependência da União são por esta superintendidas no interesse da obra em geral, especialmente com respeito: 1. à proclamação da doutrina e dos princípios verdadeiros; 2. ao trabalho e cumprimento do dever, em todo sentido, também a respeito do dinheiro, segundo a ordem. Uma porção da organização que despreze os acordos existentes ou faça oposição à Igreja, por meio de facções, pode ser dissolvida pela União a qualquer tempo. A União está, por sua vez, na mesma ordem, sob dependência da Conferência Geral. Cada Associação Campo Missionário tem o direito de enviar um delegado para a conferência anual da União, qualquer que seja o seu número de membros; além deste, enviará, para cada 50 membros, mais um delegado.

Os oficiais da União são:

1. presidente 2. tesoureiro

3. diretor de colportagem

4. gerente da Editora

5. secretário

6. revisor dos livros

7. comissão da União.

O presidente da União supervisa todos os oficiais e, junto com a comissão, leva a efeito as decisões da conferência anual. Conforme a necessidade, a comissão se reúne, sendo convocada pelo presidente da União. A ordem da conferência (da União) é a mesma da Associação. O presidente da União está à disposição da comissão de nomeação e credenciados, e da comissão de propostas e decisões, como também da comissão de contas, para responder pelos relatórios e atas e prestar esclarecimentos sobre os mesmos; da mesma maneira o tesoureiro, quando necessário. O tesoureiro, o diretor da colportagem e o gerente da Editora apresentam relatórios e prestam contas na conferência da União. Os presidentes das Associações e Campos Missionários, estão sob dependência do presidente da União, e seu trabalho é regulamentado pela União. Como cada ministro, pastor itinerante, e obreiro bíblico submete mensalmente um relatório de trabalho e despesas ao presidente da Associação, bem como um balancete ao tesoureiro para acerto de contas, assim também os presidentes das Associações e dos Campos Missionários, mensalmente, de igual maneira, enviam um informe e um balancete ao presidente da União. Como as Igrejas e grupos enviam informes trimestrais ao presidente da Associação ou do Campo Missionário, sobre o acréscimo e o decréscimo de membros e sobre o movimento financeiro, assim os presidentes das Associações e dos Campos Missionários, da mesma maneira, informam o presidente da União, trimestralmente, sobre o movimento de membros e sobre as entradas em dinheiro e os gastos feitos. As finanças da União compõem-se de todos os dízimos e ofertas das Associações e dos Campos Missionários. A União paga à Conferência Geral um dízimo dos dízimos, da oferta do primeiro dia da semana e da coleta da Escola Sabatina.

D — A Conferência Geral A Conferência Geral é o conjunto de todas as Uniões e, portanto, a associação da Igreja como um todo. “Deus ordenou que os representantes de Sua Igreja, de todas as partes da Terra, tenham autoridade quando reunidos numa Associação Geral”. OE, 485. O fim desta Associação é a proclamação do Evangelho eterno em todo o mundo. A missão especial da Conferência Geral, é, portanto, fazer provisões para que a mensagem penetre em novos territórios. Além disso, a Conferência Geral é a jurisdição convocada para decidir sobre os princípios da verdade.

Os oficiais da Conferência Geral são:

1. presidente

2. secretário

3. tesoureiro

4. comissão

O presidente junto com a comissão dirige o trabalho e leva a efeito as decisões da Sessão da Conferência Geral que se realiza cada dois anos. O presidente a convoca, e as Uniões mandam à mesma um delegado para cada 250 membros. Os delegados devem ser credenciados e notificados em tempo. Um Campo Missionário ou uma Associação que tenham sido organizados pela Conferência Geral, têm o direito de fazer-se representar por um delegado na Conferência Geral, caso essa entidade ainda não tenha sido incorporada numa União. Além disso, todas as Uniões relatam, cada trimestre, para a Conferência Geral, o número de membros, o trabalho e outras particularidades. A ordem da Conferência Geral é a mesma de todas as outras conferências. As finanças da Conferência Geral compõem-se do dízimo dos dízimos das Uniões, do dízimo da coleta da Escola Sabatina, do dízimo das ofertas do primeiro dia da semana, e da oferta da semana de oração, das mesmas (Uniões). O dinheiro deve ser enviado ao tesoureiro, cada trimestre. “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as Igrejas dos Santos” 1 Co 14:33.

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