O Cordeiro de Deus

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Esta profecia foi feita por João Batista. Ele desenvolvia o seu ministério no deserto da Judéia. Naquele lugar ele fez as mais duras criticas aos lideres religiosos e ao povo judeu. Condenou severamente a hipocrisia, condenou os pecados dos governantes e apelou aos soldados que se contentassem com o seu salário e não aceitassem suborno.

O que João queria dizer com a expressão “dia seguinte”? Um dia antes de João Batista fazer a esta profecia, viveu um dia muito intenso. Ele foi interrogado pelos autoridades religiosas sobre se ele era ou não o messias. De forma muito clara afirmou que não era o Messias, nem Elias, e que nem profeta era. Auto definia-se apenas como uma voz no deserto.

Assim, após esse dia de definições, João estava batizando as pessoas no rio Jordão, quando se aproximou dele alguém especial.

“João e Jesus eram primos, e intimamente relacionados pelas circunstâncias do seu nascimento; todavia não, haviam tido nenhuma comunicação direta um com o outro. A vida de Jesus foi passada em Nazaré, na Galiléia; e a de João, foi no deserto da Judéia. Em ambiente grandemente diverso, tinham vivido separados, e não se havia comunicado entre si. João tinha conhecimento dos fatos que haviam assinalado o nascimento de Jesus. Ouvira falar da visita que, em sua infância, fizera a Jerusalém, e do que se passara na escola dos rabinos. Quando Jesus foi para ser batizado, João reconheceu nEle a pureza de caráter que nunca tinha visto em homem algum. A própria atmosfera de Sua presença era santa e inspirava respeito… nunca, entretanto, estivera em contato com um ser humano de quem manasse tão divina influência. Tudo estava em harmonia com o que lhe fora revelado acerca do Messias” (O Desejado de Todas as Nações, p. 95-96).

João se recusa a batizar Jesus. Reconhece que está diante de Alguém superior. Jesus, porém, argumenta: “Deixa por agora, porque assim convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu” (Mateus 3:15).

Por que Jesus foi batizado nas águas do Jordão? Ele foi batizado para cumprir toda a justiça, ou seja, o batismo de Jesus não foi uma confissão dos pecados como eram os batismos de todas as pessoas. Jesus foi batizado para, de alguma identificar-se conosco, deixando o exemplo daquilo que devemos fazer.

É lamentável que muitas igrejas que se dizem cristãs não fazem o que o filho de Deus fez. Muitas criaram o seu próprio ritual de batismo, deixando de lado a forma bíblica instituída por Deus, através de João Batista. A palavra batismo, inclusive, significa “mergulhar, afundar na água”.

“Ao sair da água, Jesus se inclinou em oração à margem do rio. Nova e importante época abria-se diante dEle… O olhar do Salvador parece penetrar o céu, ao derramar a alma em oração… Suplica ao Pai poder para vencer a incredulidade deles, quebrar as cadeias com que Satanás os escravizou e derrotar, em seu benefício, o destruidor. Pede o testemunho de que Deus aceite a humanidade na pessoa de seu filho.

…O povo ficou silencioso, a contemplar Cristo. Seu vulto achava-se banhado pela luz que circunda sem cessar o trono de Deus. Seu rosto erguido estava glorificado como nunca dantes tinham visto o rosto de um homem. Dos céus abertos, ouve-se uma voz dizendo: “Este é o meu filho amado em que me comprazo”.

João ficara profundamente comovido ao ver Jesus curvado como suplicante, rogando com lágrimas a aprovação do Pai. Ao ser Ele envolto na glória de Deus, e ouve-se a voz do céu, reconheceu o Batista o sinal que lhe fora prometido por Deus. Sabia ter batizado o redentor do mundo. O Espírito Santo repousou sobre ele, e, estendendo a mão, apontou para Jesus e exclamou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (idem, p. 98).

Foi neste contexto que João Batista fez a sua maior profecia. Ele reconheceu em Jesus o cordeiro providenciado por Deus para tirar o seu, o meu, o nosso pecado.

Esse tipo de comparação é usado unicamente por João. “O símbolo de cordeiro, faz ressaltar a inocência de Jesus, e sua perfeição de caráter” (S.D.A.B.C. vol.5 pg. 886).

Quando João apontou para Jesus e fez esta profecia, ele estava criando um tremendo problema para a comunidade judaica. Este não era o tipo de Messias que todos estavam esperando. Nem a própria mãe e os discípulos entenderam a missão dEle. As pessoas não estavam preparadas para aceitar um Messias cordeiro. Eles aguardavam com muita ansiedade o Messias que viria libertá-los da escravidão que Roma os impusera.

O povo daquela época não estava preocupado com os seus pecados, e sim com a independência de Roma. Eles não queriam ouvir sobre temas de salvação, perdão, conversão, ou qualquer coisa neste sentido. Queriam ouvir de revolução, guerra, morte aos romanos.

O cordeiro de Deus cumpriu plenamente a Sua parte. Viveu praticamente sozinho neste mundo. Na hora de maior dor e medo os amigos mais próximos fugiram. O Cordeiro foi levado para o matadouro e suportou de maneira firme e decidida o sofrimento imposto pelos homens maus e Satanás. E não abriu a sua boca.

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